quinta-feira, maio 08, 2014

Being Mom

Se existe uma heroína na minha, sem dúvida é a minha mãe.

Todo mundo pensa que tem a melhor mãe do mundo. Nesse sentido espero que as minhas meninas um dia digam algo um pouco parecido com isso, mesmo que eu pense que não mereço esse privilégio.


Esse post começou comigo...numa quinta-feira, as 10 e meia da noite, fazendo um bolo pra minha Becca de 7 (e quase 8) anos. Amanhã é um dia super especial pra ela,  a 2a série está quase chegando ao fim e haverá um 'evento' na escola chamado simplesmente de 'field day'. Na minha cabeça discontraída pensei que eles estavam indo em algum local fora da escola, mas não...será na lá mesmo. Só diversão, brincadeiras, brincar na lama (já que hoje choveu muito), e coisas afins. Deixa prá lá os livros, as provas e essas coisas sem graça. Amanhã é dia de alegria!


E eu, como já mencionei antes, estava meio confusa com a imensidão da importância que isso seria pra ela. E começamos a nos preparar... já que os olhinhos dela brilhavam tanto em escolher a roupinha, o tenis (tem que poder sujar de lama, mãe!), óculos escuros (entre essa escolha e um boné), e o lanche. Ví que não tínha quase nenhuma escolha p/ 'sobremesa' e pergunto se ela quer que eu faça um bolo pra ela levar um pedaço (não muito típico de mim). E a resposta fez todo o senso do mundo... "Mãe, bolo é tãooooo gostoso, eu ía ficar suuuuuper feliz de levar bolo" :)  Nem precisava tanto... já ía ter bolo antes mesmo da resposta.


Me fez lembrar de uma das primeiras memórias que tenho da minha mãe...não sei exatamente quando, mas eu devia ter uns 4 anos. Ela na cozinha, preparando alguma coisa, mas não devia ser bolo... ela estava abrindo uma lata, que pra mim era de leite condensado. E acho que como sempre, pedi pra lamber. E ela disse que eu não ía gostar, e eu lembro pensar algo do tipo..."como assim não vou gostar de leite condensado!" E fiz questão de querer a lata e não gostar.... e hoje entendo que era puro creme de leite. 


Simples né?! Mas me traz boas lembranças, de comforto, de 'eu sei o que é melhor pra você'... e coisas assim. E depois disso vêm uma avalanche de outras memórias... comprando o meu primeiro suitã, costurando as minhas roupas quando tínhamos ou não dinheiro, me deixando orgulhosa em poder mostrar quão linda minha mãe era na reunião de pais na escola, me ensinando a dirigir, e me amando quando eu a orgulhava e mesmo assim quando não. 


Acho que nunca sentí muito a imensidão em o que ser mãe significa. Sempre fiquei apreensiva em pensar que um dias aqueles bebês e depois crianças íam crescer. E aí?!  E que a fase de dar comida, trocar a frauda e ter certeza que eles sobrevivam passasse. E a outra fase de achar que elas ainda são muito novas e que não vão lembrar de nada dessa época vá ficando pra trás. A época em que as memórias estão sendo guardadas e poderão ser lembradas no futuro estão aqui pra valer. 


Portanto, hoje foi um daqueles dias que não quero esquecer....


Não quero esquecer o brilho nos olhos dela. Não quero esquecer esse amor que senti quando por ela, eu ficaria a noite inteira fazendo uma ceia se preciso. Não quero esquecer esse orgulhosinho que vi na fala dela...me pedindo pra ir vê-la na escola. 


Esse tipo de amor não têm explicação. É tão intenso, sincero, abundante, infinito... que até dói.


Eu acho que jamais serei uma mãe tão boa quanto a minha foi e é pra mim. Mas...o que eu mais quero é que as minhas filhas sintam que por elas...o meu coração definitivamente bate fora do peito.