domingo, janeiro 18, 2015

Lá se foi...

2014. Mais um ano, veio e foi-se.

Uau.

Que ano!

Comecei a escrever este post dizendo que não havia começado 2014 com muitos planos. Aí fui comparar com o que escrevi um ano atrás, pra confirmar. E a intenção daquela época é que iría me concentrar apenas nos lado pessoal, já que de coisas materias tinha tudo o que precisava. 

Mas e aí, qual foi o balanço?!

Hmm... teve o bom, o ótimo, o extremamente maravilhoso, e umas coisinhas ruizinhas que vão afetar o meu 2015...mas a gente chega lá.

De Janeiro a Maio foi meio... meh. Quer dizer...fomos fazendo vários planos para as férias do meio do ano, o trabalho melhorou bastante, um reconhecimentozinho aqui, outro alí deu uma massageadinha no ego, mas só.  

Junho
Foi demais. Fomos passar 10 dias em Cabo São Lucas no Mexico (lado do Oceano Pacífico). Mencionei o Oceano porque realmente faz muita diferença. Aquele mar azul lindo do lado de Cancun/Riviera Maia, esquece. Aliás...mal se pode nadar lá, pois a cidade fica na ponta de uma Peninsula e há uma corrente submarina extremamente forte que torna muitas das praias proibidas para o nado. Mas...eu já sabia disso, o esquema lá é outro. A paisagem é de deserto, pescaria em alto mar é muito popular, nightlife é bem famosa...e por aí vai. Há muitos hotéis de alto nível com as vistas são espetaculares; então por isso é 'popular' tanto entre quem tem muito dinheiro, como os que não tem tanto assim. Dentre muitas aventuras, uma foi o Brandon acabar no hospital, indo de ambulância...mas isso fica pra outro post :)







Julho
Tivemos visitas de pessoas queridas!




E aí as meninas foram visitar a família na costa leste. Na verdade eu estava esperando meio que ansiosamente por essas duas semanas. Imaginem que onde moramos não temos família por perto...a minha está toda no Brasil e a do Brandon à vários Estados daqui. Então não tem aquele negócio de "a vovó vai cuidar", ou "as crianças vão passar o fim de semana com os primos". (sigh) Então, estava entusiasmada já que sabia que elas íam se divertir até com os tios, primos e avós; e eu e o marido terímos 2 semana kid-free. Foi tão bom mas ao mesmo tempo foi tão esquisito! Sabe quando a criança some por uns minutos e quando você se dá conta, é porque estão aprontando? Então...sempre tinhamos essa impressão. "Tá muito calmo, tá quieto aqui. O que está errado?! Ah...as crianças não estão aqui!" E aí eu dava aquele suspiro de alívio, tentava curtir o "me-time", mas morria de saudade ao mesmo tempo. 

Ai, vai entender essas coisas de mãe.

Agosto
Comecei a ter um monte de notícias boas! :)

Outubro
Enfim, minha mãe chegou pra passar dois meses conosco. Nada como colo de mãe, né!
Duas semanas depois, eu e o Brandon fomos para a Espanha e Portugal...e a viagem foi pra lá de especial. Logo 10 anos de casados, essa foi a nossa celebração antecipada!

Barcelona



Lisboa





Madrid

Toledo


Novembro
Meus tios e primos vieram! 
Para tudo, preciso explicar. Tenho um tio que AMO que sempre diz que vem e eu sempre viro os olhinhos, dou risada e penso "no dia que chover canivete ele vem". E não é que ele veio?!!! Presta atenção... ele começa a contar a novela de como foi 'renovar' o passaporte pra poder tentar o visto meio que de ultima hora. Aí começei a tentar lembrar se ouvi que ele havia ido pra outro país..."de repente foi pra Argentina. Todo mundo está pra Argentina". Aí pergunto..."tio, pra onde vc foi que precisou de passaporte?" E ele diz: "Não fui pra lugar nenhum, tirei pra ir te visitar"... Ai que fofo! Então esse tempo todo ele realmente tinha a intenção de vir...e o passaporte até venceu e nada. Por isso e por outras, essa visita foi mais que especial. Os meus outros tios...nem tenho que comentar, amo de paixão e sempre doi e doi mais ter que dizer adeus.






Depois, só as mulheres (eu, mãe, filhas) fomos fazer uma 'girls trip' em Austin, TX. O fim de semana foi perfeito, uma ótima forma de despedida com minha Mama.

Dezembro
Brandon faz cirurgia no ombro e fica de molho por 6 semanas. No dia seguinta minha mãe teve que voltar (foi tristeza dupla).
Mas a vida há de continuar. Felizmente 1 semana depois vou para uma viagem de familiarização em London. Como é pela American Express, e como os "patrocinadores" são ótimos, a viagem foi inesquecível. Algo que jamais poderia ter feito sozinha. 








E se começei o ano sem muitos planos, termino indo pro Mexico, Espanha, Portugal e Inglaterra?! E quase tudo de graça?! Inesperado e gratificante.

As meninas estão crescendo muito rápido pro meu gosto. A Zee é extremamente carinhosa mesmo com um temperamento forte. A Becca continua na dela, bem na escola, bem em casa e feliz da vida com a Cali - a basset hound que escolheu. 

Mas aí, qual é a parte ruinzinha? Do começo do ano até o meio, quanto estava entre muito trabalho e stress, também fiquei um tanto entediada com o dia-a-dia e com coçeira na mão pra comprar coisas que não precisava (coisinhas e coisonas pra casa, roupas, coisas para as crianças, brinquedos, bla bla bla). Tudo impulso, hoje vejo. Um dolar aqui, 10 alí, 200 atrolá, e de pouco em pouco tudo foi-se acumulando sem eu perceber muito, e aí que passei da linha e agora tenho 2015 pra reparar esse dano (rombo) financeiro. Às vezes dá aquela sensação de alguém que ganhou na loteria e 5 anos depois não tem mais nada. (Dica.... não adianta me sequestrar!) 

Felizmente, não, esse não é o drama da minha vida. É um problema temporário de alguém que não lembrou que, quando as coisas estão indo muito bem não significa que o problema das "vacas magras" foi erradicado. Foi um lapso de pensamento temporário de alguém que simplesmente... não parou pra pensar! Mas então...não dá pra ficar chorando o leite derramado, bola pra frente pra resolver esse "detalhe" esse ano. Pronto, falei.

Então.

2015 será o ano do reparo pessoal. De controlar as emoções, a carteira, a mente e a boca. De dar o meu melhor para minha família, ao meu Deus e a mim mesma.

Tá na hora.

quinta-feira, maio 08, 2014

Being Mom

Se existe uma heroína na minha, sem dúvida é a minha mãe.

Todo mundo pensa que tem a melhor mãe do mundo. Nesse sentido espero que as minhas meninas um dia digam algo um pouco parecido com isso, mesmo que eu pense que não mereço esse privilégio.


Esse post começou comigo...numa quinta-feira, as 10 e meia da noite, fazendo um bolo pra minha Becca de 7 (e quase 8) anos. Amanhã é um dia super especial pra ela,  a 2a série está quase chegando ao fim e haverá um 'evento' na escola chamado simplesmente de 'field day'. Na minha cabeça discontraída pensei que eles estavam indo em algum local fora da escola, mas não...será na lá mesmo. Só diversão, brincadeiras, brincar na lama (já que hoje choveu muito), e coisas afins. Deixa prá lá os livros, as provas e essas coisas sem graça. Amanhã é dia de alegria!


E eu, como já mencionei antes, estava meio confusa com a imensidão da importância que isso seria pra ela. E começamos a nos preparar... já que os olhinhos dela brilhavam tanto em escolher a roupinha, o tenis (tem que poder sujar de lama, mãe!), óculos escuros (entre essa escolha e um boné), e o lanche. Ví que não tínha quase nenhuma escolha p/ 'sobremesa' e pergunto se ela quer que eu faça um bolo pra ela levar um pedaço (não muito típico de mim). E a resposta fez todo o senso do mundo... "Mãe, bolo é tãooooo gostoso, eu ía ficar suuuuuper feliz de levar bolo" :)  Nem precisava tanto... já ía ter bolo antes mesmo da resposta.


Me fez lembrar de uma das primeiras memórias que tenho da minha mãe...não sei exatamente quando, mas eu devia ter uns 4 anos. Ela na cozinha, preparando alguma coisa, mas não devia ser bolo... ela estava abrindo uma lata, que pra mim era de leite condensado. E acho que como sempre, pedi pra lamber. E ela disse que eu não ía gostar, e eu lembro pensar algo do tipo..."como assim não vou gostar de leite condensado!" E fiz questão de querer a lata e não gostar.... e hoje entendo que era puro creme de leite. 


Simples né?! Mas me traz boas lembranças, de comforto, de 'eu sei o que é melhor pra você'... e coisas assim. E depois disso vêm uma avalanche de outras memórias... comprando o meu primeiro suitã, costurando as minhas roupas quando tínhamos ou não dinheiro, me deixando orgulhosa em poder mostrar quão linda minha mãe era na reunião de pais na escola, me ensinando a dirigir, e me amando quando eu a orgulhava e mesmo assim quando não. 


Acho que nunca sentí muito a imensidão em o que ser mãe significa. Sempre fiquei apreensiva em pensar que um dias aqueles bebês e depois crianças íam crescer. E aí?!  E que a fase de dar comida, trocar a frauda e ter certeza que eles sobrevivam passasse. E a outra fase de achar que elas ainda são muito novas e que não vão lembrar de nada dessa época vá ficando pra trás. A época em que as memórias estão sendo guardadas e poderão ser lembradas no futuro estão aqui pra valer. 


Portanto, hoje foi um daqueles dias que não quero esquecer....


Não quero esquecer o brilho nos olhos dela. Não quero esquecer esse amor que senti quando por ela, eu ficaria a noite inteira fazendo uma ceia se preciso. Não quero esquecer esse orgulhosinho que vi na fala dela...me pedindo pra ir vê-la na escola. 


Esse tipo de amor não têm explicação. É tão intenso, sincero, abundante, infinito... que até dói.


Eu acho que jamais serei uma mãe tão boa quanto a minha foi e é pra mim. Mas...o que eu mais quero é que as minhas filhas sintam que por elas...o meu coração definitivamente bate fora do peito.



sexta-feira, fevereiro 07, 2014

I hate to talk on the phone.

Eu ainda lembro quando cheguei em Vancouver para o intercâmbio. Pensando que sabia me virar, e que sabia pelo menos um pouco de inglês. 

Não, eu não sabia nada! Saber que 'azul' é 'blue', que 'hi' significa 'oi' não ajuda nem um pouquinho quando tenta-se estabelecer uma conversa.


E mesmo que qualquer tentativa de falar inglês me deixasse com muito medo, nada comparava-se com pavor, o pânico de escutar o telefone. 


Eu estudava meio periodo, e parte do dia eu passava na casa da minha 'host family', estudando, assistindo tv pra tentar inculcar o inglês um pouco. E aí um dia o telefone tocou. Eu fiquei naquela "atendo ou não atendo?". "Não, não atende". "Mas e se for minha host mãe precisando de algo?". "Ah, vai, tenta".


E foi a primeira e última vez num período de uns 2 meses. Eu não entendi uma palavra. E a pessoa do outro lado da linha também não colaborava e insistia em não perceber todos os gestos e expressões que eu estava fazendo no meu lado da linha. E a ficha caiu. Não adianta, não tem como. Nunca vou conseguir. Isso tudo é um fracasso. E por mais que eu ficasse até de madrugada memorizando verbos e substantivos, e por mais que conversas cara-a-cara melhorassem a cada dia, eu sempre passava longe to telefone. Tinha pavor!


Eu estava lembrando sobre isso hoje, porque estava pensando sobre o meu trabalho. Quando lembro daquela época, da angústia de tentar entender e ser entendida naquela conversa pelo telefone, eu suspiro. Ao mesmo tempo que ainda posso quase palpar aquela aflição, também respiro com ar de alívio porque quase não passo por isso. 50% do meu trabalho e comunicação é feito pelo telefone. Por americanos nativos que falam rápido e não têm tempo pra ficar explicando nada. E eu dou conta do trabalho. E o sentimento de realização é indisticrível, mesmo depois de tantos anos. Hoje em dia, para a minha alegria, eu não odeio falar no telefone. Virou parte do dia a dia.


Mas pra variar, nem tudo tem seu lado bom. O outro lado da moeda é que infelizmente eu estou começando a esquecer muitas palavras em português que eu jamais esqueceria antes. Só pra escrever esse texto, tive que procurar a tradução de 'accomplishment' pra encontrar 'realização'. Não conseguia pensar outra palavra para 'angústia', e novamente tive que ir no Google para poder encontrar 'aflição'. Tive que ir no Google umas 6 vezes. De doer.


São coisinhas assim que me irritam profundamente. Será que eu dia vou esquecer tudo? Não, sei que é bobagem e não vou. Mas a troca das línguas é mesmo interessante. Esse nosso cérebro é mesmo impressionante.  



terça-feira, dezembro 31, 2013

2013 for O ANO!

Eu tinha tantos planos e objetivos e posso dizer que consegui concretizar bem a maioria. Mal posso esperar por 2014, pois tenho diferentes planos mas estou com aquele mesmo sentimento de que, assim como 2013, podem ser atingidos!

Mas o que aconteceu em 2013?

Bom, começando em Janeiro, recebi em casa  minha prima Bia. Pensei que nunca ía acontecer, mas ela veio passar  alguns meses com a gente. Digamos que foi o intercâmbio dela. Foi demais vê-la passando por muitas coisas que eu passei tantas vezes. Chegando numa cidade nova, com cultura diferente, começar do zero...e aprender muito. Foi legal ajudá-la a conseguir carteira de motorista, matricular-se na faculdade, fazer novas amizades. Foi bem um flashback da minha vida (risos).

Em Fevereiro...o maior evento para um torcedor de Futebol Americano. O nosso querido Ravens ganhou o Super Bowl. Muita alegria e comemoração! É a mesma coisa do São Paulo ganhando o Campeonato Brasileiro... :)

Em Março haviamos marcado uma viagem daquelas. Visitar o Arizona inteirinho. Top to bottom. Chegamos de avião, alugamos um carro e dirigimos quase 2 mil kilometros e aproveitamos MUITO. Fomos em Page e visitamos Antelope Canyon e Horseshoe Bend. Depois Grand Canyon, Phoenix e Scottsdale, Tucson e Tombstone. Tudo em 1 semana, foi inesquecível.

Em Abril tive a visita dos meus tios...foi bom aproveitar em casa. Virei a pagina e cheguei aos 36 anos (pois é, nem eu acredito. Rapido demais!). Fui ao show do Bon Jovi. Foi bom demais.

Maio foi contagem regressiva pra chegada da minha mãe e mais amigos dos Brasil!

Junho começou com visitas e viagem pra New Orleans! Brandon ficou com as meninas, então foi uma viagem 'for adults' (tudo bem que minha prima ainda nao é realmente considerada adulta -aqui- mas quase!). Essa era um sonho antigo, pra mim que ama musica, especialmente Jazz. E New Orleans é uma cidade cheia de história...o que amo. Uma das partes que mais gostei foi ir na Oak Alley Plantation. L-i-n-d-o-d-e-m-o-r-r-e-r! Fiquei pensando em como era viver naquela época.

E no fim do mês, minha prima teve que voltar...depois de 5 meses foi sentimental. Pelo menos, e muito felizmente pude 'reter' a minha mãe que passou mais algumas semanas comigo. Mãe é tudo! 

Infelizmente, em Julho ela teve que voltar. Mas, como sei que sempre fico triste nessa época, propositamente marquei outra viajem na mesma epoca...ir visitar a família do marido em Maryland e West Virginia e depois, deixar as crianças por lá e ir com o Brandon para o México, em Tulum ao sul da Riviera Maia. Foi bom demais...snorkeling, piscina, drinks, barriga pro ar e aproveitar mesmo. Foi tudo de bom!

E naquele mesmo tempo, Julho e Agosto começou pra valer mesmo a grande procura. Da casa própria.  Procuramos e procuramos e nos apaixonamos por essa casa... O processo foi rapidíssmo, dando tudo certo em menos de 1 mês. E de novo temos o nosso LAR permanente. Só em pensar que não tenho que mudar de novo, que posso colocar definitivamente tudo onde vai ficar pra valer...essa coisa banal, pra mim esse sentimento é indiscritível. 

Setembro e Outubro foi tempo de colocar tudo em ordem. Mil coisas relacionadas a casa...tudo pra fazer desse o nosso aconchego. E chegamos lá, e amo tudo!

Terminamos o ano felizes por todos esses acontecimentos e principalmente todas as bençãos que recebemos. Felizes com nossos trabalhos. Pela escola da Becca que é sensacional. Feliz por ter meu escritório e poder continuar a trabalhar de casa. Apreciamos nossa saúde (principalmente!). Contentes que no Brasil todos também estão com saúde. Porque do resto...tudo se resolve.

E....2014 vêm aí! 

E aí?!!! 

Pensei assim....

Tenho marido, filhos, casa, saúde. O que mais posso querer?

Muito.

Mas nada material. Já tenho muito mais do que preciso. Mesmo.

Depois de um 2013 maravilhoso, 2014 será o ano "pessoal".

Em 2014 vou cuidar de mim. Porque sei que se cuidar de mim, minha família também se beneficia. 

Tenho vários planos, pessoais e espirituais (principalmente). E sou daquela que gosta mais de voltar e contar resultados do que fazer promessas vazias. 

Escrever mais no blog? Sim, mais um dos objetivos.

Estou feliz e entusiasmada. Mal posso esperar por 2014! 

E esse sentimento, sempre, é recíproco!!!! E que seus planos também se concretizem! 

Bjs,

terça-feira, maio 28, 2013

De volta...

Hoje me deu vontade de escrever. Começou por causa da Monica, que mencionou o post de um blogueiro relacionado com o vai e vêm da vida, e me fez parar pra pensar. Pensar no passado, no hoje e no futuro (só pra variar).  Também lembrei que entrei no blog uns dias atras e estava lendo posts de anos passados...revivendo as alegrias, os sufocos... 

A verdade é que às vezes nem sei por onde começar. E aí só de pensar por onde começar, já fico com preguiça e paro de pensar. É o ó do borogodó; bem patético mesmo. Então vou mudar o rumo dessa prosa e pensar daqui pra frente. 

Enfim...

2013. 
36 anos.

Por onde ando?!
Pois bem, acredite ou não, mas não mudo à dois anos! Continuo no Texas, região de Dallas-Fort Worth. Continuo trabalhando de casa, o que foi uma das maiores e mais significante mudanças na minha vida ultimamente. Não tenho mais raiva no trânsito, passo mais tempo com a família, tenho tempo pra academia e bem mais energia. Durmo mais, me estresso menos.

As filhotas têm 6 (quase 7) e 3 anos. Sapecas levadas da breca. É engracado como a interação e percepção que temos com cada criança muda...com a primeira tudo é novidade, tudo é um aprendizado. Com a segunda, você já está treinada, alerta às mudancas e um tanto menos desesperada. Eu ando me vigiando para prestar mais atenção às mudanças na Rachel, porque senão tudo vai passando meio batido. O vocabulário anda aumentando, a personalidade é completamente diferente da Becca. Ainda não me conformo que as duas sao minhas filhas, e que têm o mesmo pai. Como podem ser tão diferentes?!

A última vez que escrevi mencionei que estava excitada com a vinda de 2013. E tudo têm corrido como esperado. Mas porquê 2013 pode ser diferente?!

Bom, este é um dos primeiros anos que, depois de muito aperreio, estou vivendo sem estar em algum 'modo de sobrevivência'.  Foram tantos anos nesse clima que às vezes penso que não sei como ser, ou viver, diferentemente. As coisas andam tão boas e fluindo tão bem que não consigo acreditar e fico tentando tentar achar o que está errado. Será que estou deixando passar alguma coisa? Será que não estou prestando atenção?

Como é que a gente para de tentar achar pêlo em ovo?!

Foi preciso um médico me dizer, mas finalmente eu tive que admitir  que tenho ansiedade, às vezes um pouquinho de depressão, consequência exatamente por conta dessa sensacão que  algo ruim está pra acontecer.  Pra mim  essas "maluquices mentais" sempre foram coisa de louco, de gente procurando atenção; por isso me recusava a ver o que realmente sinto.  MAS... as coisas não precisam, e nao têm que ser assim. Estou aprendendo a tentar me livrar desses pensamentos, sabe - desencanar um pouco e simplesmente viver! Fazer as coisas que gosto, entre elas viajar. Cuidar do meu casamento, interessar-me pelas meninas, me ocupar com a família. Melhorar espiritualmente e lembrar que perseverar também é viver.  E um dos melhores sentimentos é viver com a consciência limpa. Acho que todo mundo deveria tentar...!

Quando outras bobeirinhas vêm a cabeça...tipo porque eu não tenho isso ou aquilo, porque eu não pareço com a fulana de tal, porque eu nao tenho tal oportunidade, porque porque porquê...eu sempre faço questão de contar as coisas boas que tenho e lembro dos menos afortunados, que são tantos mundo afora.

Também faço questão de lembrar a apreciar as coisas que muitas vezes não damos valor no dia-a-dia: a família com saúde, empregos que nos dão a chance de sentir o nosso valor na sociedade e eliminar os nossos débitos. Saber que minha mãe e irmãos também estão bem e realizando os próprios sonhos deles. Um teto sobre as nossas cabeças e a possibilidade de, de novo, termos a nossa própria casa. Mais um dos planos que quero realizar este ano. 

Enfim, quanta coisa boa, né?!

Um dos 'highlights' desse ano foi a vinda da minha prima, Bia. Foi mais ou menos como um 'flashback' vê-la enfrentando todos os "primeiros" que alguém passa quando muda para o exterior. A carteira de motorista, entrada na universidade, as novas amizades, fazer coisas ordinárias mas que têm uma sensação toda diferente....como a simples tarefa de ir ao supermercado. Tive visita dos meus tios. Viajei e vou viajar mais. E as coisas não param por aí; minha mãe chega semana que vêm, junto com amigos de longa data. A saudade já nem cabe no peito, né?! Fala sério. 

Enfim...voltei. 

Voltei mais feliz, com o coração menos pesado, e mais confiante sobre o futuro. É assim que deveria ser para todos nós, não é mesmo?!




sábado, dezembro 29, 2012

Que venha 2013!


2012 está acabando...

Para a nossa família, esse ano foi daqueles de colocar a casa em dia, as coisas no lugar, muitos pontos nos ís. 

Finalmente, depois de tanta notícia ruim, tanta luta e frutração, infinitas lágrimas que vieram em 2010 e 2011...as coisas começaram a melhorar e finalmente, não apenas vemos a luz no fim do túnel, mas estamos começando a sair do túnel e ver o céu...que parece azul. Assim esperamos.

Agora podemos respirar um pouco mais fundo... e sorrir.

Dizer que estou apenas ansiosa para que 2013 chegue, é subestimar esse sentimento. Estou cautelosa também...já que depois de tantas pedras no caminho, as vezes é ainda difícil para a minha mente entender que não estou apenas vivendo em algum 'modo de sobrevivência'. Então sim...estamos cautelosos.

2012 começou ótimo...com mais de 20 dias no Brasil em Fevereiro. Não importa quantos dias, a visita sempre parece rápida demais. Nunca dá pra ver todo mundo que eu quero...mas mesmo assim, é sempre tão bom!  Sempre tenho aquela sensação de que quero voltar pra lá...levar a minha família pra morar uns 2 anos apra aprender mais sobre nós, a língua, a cultura...mas aí vejo que finalmente estamos 'ok'...e mudo de idéia...rs.

Mudei o meu horário de trabalho por 6 meses e pude ficar com a Zee em casa desde a volta do Brasil até Setembro. Foi BOM DEMAIS! 

Em Maio passei alguns dias na California, mas o highlight foi minha estada em Beverly Hills, que quem me conhece sabe que era um sonho antigo...(depois de tantos anos amando "Barrados no Baile"). Sonho de adolescente...que não importa quando aconteça, é inesquecível!

No fim de Maio tivemos a formatura da Becca do pré... com direito a discurso de abertura feito por ela. Fale em orgulho! :) Me faz pensar que o tempo está passando rápido demais... 

Tivemos visitas de familía no verão e outono, e aproveitamos demais nos parques de diversão...Six Flags e Hurricane Harbour. Férias inesquecíveis.

Em Novembro finalmente fomos em um cruzeiro em família para o Mexico... nunca ví duas crianças aproveitarem tanto como as meninas. Fun in the Sun...com certeza!

Foi um ano de crescimento espiritual em família, o que me deixa extremamente feliz. Estou ciente que há muito que melhorar, e planos estão nos planos!

2012 foi também um ano de muito trabalho, em parte bem estressante, mas finalmente estou caminhando para uma área de mais conforto, e tenho esperança que melhore mais a partir daqui...

Enfim... nos últimos anos eu não tive esperanças ou projetos para o próximo ano. Dessa vez tenho um sentimento diferente no ar...e planos! Essa página branca já tem alguns escritos...hora de trabalhar para fazê-los acontecer!

Bom ano que começa para todos vocês....!



sábado, julho 07, 2012

Imigrante ilegal - à favor ou não?!



Hoje estava lendo um artigo da revista "TIME" - "Coming out illegal", uma admissão de mais de 11 milhões de imigrantes que vivem ilegalmente nos EUA.

Tocar no assunto em si já gera muita confusão, principalmete entre amigos próximos que citam minha "falta de coração" e "onde já se viu, afinal, você também já foi (e posso considerar 'sou') uma imigrante".

No artigo, o autor, que está ilegal no país há muitos e muitos anos, estudou aqui e hoje é um jornalista que escreve para o Washington Post. Ele deu várias explicações sobre o porque do status dele. Muitas delas a mesma balela dos muitos vivendo na mesma situação - eles não tem outra opção, e o objectivo é continuar a ter uma vida melhor e poder trabalhar, 'honestamente', sem ninguém encher o saco. "How dare you think I'm here for no good!"

O "Dream Act" que o Presidente Obama está tentando implementar, tem os seus positivos. Do mais, que crianças que foram trazidas ilegalmente pelos seus pais, possam tornar-se cidadãos americanos desde que estudem e cumpram com alguns outros requerimentos que eu não estou muito a par. Eu tenho muita simpatia por estas 'crianças', que muitas neste momento já são adolescentes ou até mesmo adultos, pois estão querendo fazer algo produtivo, mesmo diante da forma que os pais agiram, contra a lei.

Para outros imigrantes, eu já não tenho o mesmo sentimento. Pra mim é a mesma coisa daquele indivíduo que se sente no direito de cortar a fila do banco só porque ele acha que trabalhou mais do que eu durante o dia, ou porque ele acha a perna dói mais que a minha, ou sei lá... ele deve ter uma situação 'incontrolável'. O que dá a essa pessoa mais autonomia de ter um 'ok...vc pode ficar" do que os outros que tentam fazer tudo do jeito certo, e pelos meios legais?

Sejamos realistas, principalmente hoje em dia, os EUA não são a última bolacha do pacote. Por causa da recessão, a vida aqui pra muitos é deprimente, senão no mínimo intolerável. Tanto que não é de se espantar que o número de imigrantes voltando pra "casa" aumentou muito nos últimos anos. Mas ainda é um país que oferece grandes oportunidades de uma vida digna.

Agora, sim, eu tenho sim a minha história pra contar. Não é novidade que eu vim como au-pair, casei-me e estou aqui a mais de 8 anos. Minha idéia não era simplesmente vir passear e ficar (casando ou não), já que eu já havia morado no Canada e se agir contra a lei e estar fora do meu país fosse o meu intuito, eu já teria ficado por lá, que pelo o que me lembro, me agrada mais do que os EUA.

Sim, eu gostei da vida daqui. Sim, eu me apaixonei por um americano. Sim, eu resolvi ficar.

Ahhh...e sim, eu fiz tudo dentro da lei e não fiquei um dia sequer ilegal nesse país. E sei que há várias formas de continuar legal no país mesmo que não tivesse sido por casamento...tem os vistos de estudante, de trabalho, e por aí vai. A forma que recebi o meu green-card foi a mais fácil? Foi. Foi também consequência de um amor, e sim, foi a mais fácil. Se não...provavelmente  não estaría aqui hoje...e se estivesse, seria por meios legais, que eu sei que há varias formas (algumas delas nem são as mais corretas, como casamento por conveniência, mas ainda assim mostra que a a pessoa está realmente tentando ter um status 'legal'no país, e não simplesmente ficar porque...que se dane).Enfim, me tornei uma cidadã americana em 2009.

Aí entra na história o meu irmão mais novo. Tem 25 anos, casado, tem emprego, tem alguns bens mas não muito. Em 2008 quando meu pai, minha mãe e ele foram tirar o visto para virem me visitar (naquela época ele não era casado), meu pai e minha mãe conseguiram o visto e o do meu irmão foi negado. Fico triste só de pensar, até hoje. Meu irmão até tem uma vontade de morar aqui, mas é mais porque eu gostaria de ter família por perto do que a vontade dele mesmo. Mas nem o visto pra vir visitar ele consegue. Nem pra saber se ele gosta daqui ou não. Desde que me tornei cidadã, posso entrar com o pedido para ele ter um green card - já que pensei, "se eles não dão um visto de turista, então vou entrar com um processo com a imigração".

Sabe qual é a espera para um irmão/irmã conseguir um visto, que em consequência lhe dá o benefício de ter um green card? No mínimo 10 anos. E vai ter que ser assim...vamos ter tentar outro visto, e se negado, não tem outro jeito....temos que esperar os tals 10 anos. Não tem jeitinho.

Então, porque eu vou ficar com pena de quem está aqui ilegal? Por que eu vou ficar com dó do pessoal que está "furando a fila"? Qual é a situação deles que é extremamente tão mais importante do que a minha situação e da minha família? A imigração dá várias formar de uma pessoa tornar-se legal nesse país. Porque agir ilegalmente tem que ser o certo, e aceitável? Os EUA são um país bem generoso...se a situação é extramente difícil (como o pessoal lá na Africa, alguns países da Asia,  you name it) pode-se sempre pedir asilo aqui. Isso sim é o pessoal que 'precisa'.

Quero reforçar que não acho que a vida aqui nos EUA está uma maravilha. Com certeza não está...pra muita, senão a maioria dos cidadãos, está extremamente difícil. Entendo que muitos ilegais são trabalhadores e pessoas do bem, mas na mesma moeda, muitos não são... E tomam vantagem de tudo o que podem.

E que fique bem claro...legal ou ilegal, eu continuo tratando a todos com respeito, sempre. Minha opinião não muda em nada essa história. Não desprezo estas pessoas, apenas não concordo com suas atitudes. E ajudo como posso. Engraçado que a assistente do meu dentista é mexicana por nascimento, e tem o green card.  A mãe tem o green card há muitos anos, e o irmão mais novo que ela está aqui ilegal. Tudo o que eles precisavam era entrar com o processo de cidadania da mãe para ela ela desse entrada para o filho, mas me dissse que não tinham dinheiro pra pagar advogado. Eu disse que o processo era muito fácil e me disponibilizei a ajudá-los. Elas vieram em casa e preenchemos os formularios juntas, e pronto...está tudo correndo pra situação ser regularizada. No fim das contas, o menino nem precisava estar aqui ilegalmente.

Voltando ao artigo da revista, o autor parece ter ficado meio irritado que uma pessoa perguntou como ele conseguiu uma carteira de motorista. E a irritação foi pelo motivo pelo qual "ele precisava trabalhar. E viajar (apesar de não ser o mais importante, já que ele pode mostrar o passporte, de qquer país, desde que seja válido). Então, pra simplificar, ele quer dizer que o fim justifica os meios.


Também pareceu meio ofendido já que, mesmo ilegal, os EUA ainda pedem que impostos sejam pagos. Quer dizer que não basta apenas não estar com a situação regulamentada, pedir pra pagar impostos - como todo mundo - é uma incoveniência total!.

E eu tenho que, não somente aceitar isso, mas também defender essa idéia de que imigrantes ilegais tem que ser aceitos, não importa os meios, porque no fim do dia, um dia, eu também não era cidadã?

Não...há leis. E eu bem que queria que as coisas fossem mais simples,  e que o processo fosse mais rápido e que todo mundo conseguisse o visto sem tanta burocracia, mas infelizmente, não é assim que as coisas funcionam. No meio tempo, pra mim parece que nada justifica uma pessoa tentar 'cortar a fila' só porque ela se acha no direito. Ela pode até tentar. E ter sucesso. Mas se for pega no flagra, vai ficar ofendida? Come on...

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Anxious!

Fale em ansiedade!!!

Estou prestes a voltar para uma visita ao Brasil. Fazem 4 longos anos que nao vou. Imagine! Antes eu ia todo ano, e agora...

Tantas coisas aconteceram nesse meio tempo...na epoca eu morava em Idaho, desde entao me mudei para Utah onde morei 3 anos e agora ja estou a quase 1 ano no Texas.

Estou tao, mas tao contente em poder rever tantos amigos e familia, e ao mesmo tempo um pouco apreensiva pois infelizmente nesse meio tempo meu pai e meu avo faleceram...Ainda nao sei como vai ser ver a casa deles um pouco mais....vazia.

Mas com certeza nao estou colocando nenhum foco nos pesares...nao vejo a hora de pisar la e acabar de felicidade. Nao ha coisa melhor do que viver fortes emocoes!!!

Acabei de trabalhar... estou oficialmente de FERIAS!!!!!!!!!!

Agora quero so ver como sera esse voo. Eu sozinha com 2 criancas, de 2 e 5 anos. Dai-me paciencia!

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Worried?!

Sei não...estou começando a ficar preocupada, será que estou perdendo um pouco da minha 'identidade brasileira'?

Eu sempre tenho essa curiosidade em saber como os americanos que vivem no Brasil encaram o dia-a-dia. Aquela coisa do oposto, como é que fica, sabe como é. E hoje estava lendo um post de uma americana que mora em São Paulo comentando sobre como as aparências fazem a diferença.

Ela começou dizendo que é sempre tratada daquele jeito no Banco, ou seja, de qualquer jeito. E um dia ela decidiu se arrumar/empetecar um pouco...e ahhh, quanta diferença! E daí seguiu falando sobre como deve-se ir a padaria (tudo bem que, ela mora do lado da Oscar Freire), ao supermercado...e ai fui ler os comentários sobre como em SP ninguém usa chinelo na rua...que é um grande no-no! (ps.: os comentarios eram todos de americanas morando no Brasil). Eu nunca notei isso, e fiquei me perguntando se era verdade. Na hora lembrei de uma reportagem essa semana sobre como o Ashton Kutcher nem se importou em usar chinelo num restaurante em SP (como a matéria apontou, um absurdo). E que chinelo é coisa de quem é do Rio, mas não em SP! (Mas peraí....não é cool mais usar Havaianas? rs...)

Aí me dei conta que fazem 4 anos que não vou ao Brasil. Esse 'assunto' é uma coisa que nem se passava mais na minha cabeca. No começo achava um absurdo como o pessoal aqui nos EUA às vezes desencalha demais, e vai no supermercado de pijama, mas agora eu nem ligo mais; Mas aí pensei... não andar de chinelo na cidade? Achei um pouco demais. Parei pra pensar um pouco mais e fiquei boba...porque não lembro! Não lembro se ligava pra essas coisas ou não. Sei que hoje iria em qualquer lugar assim, numa boa. Não em restaurante chique, mas banco?! Será que estou ficando muito desleixada?! E olha que eu ainda sou uma daquelas que me arrumo um pouco para viajar...mas agora...como é que o pessoal se veste mesmo no Brasil?

sexta-feira, janeiro 13, 2012

Welcome 2012!

2011 finalmente acabou.

Muitas mudanças aconteceram... muitas, muitas.

*Janeiro

Começamos 2011 emocionalmente acabados. O Brandon desempregado por meses sem nenhuma perspectiva concreta de trabalho decente. Eu havia começado a trabalhar em Salt Lake City a 51 milhas de distância de casa. Então dirigia por volta de 160km por dia e estava no limite to stress.

*Fevereiro

Depois de aplicar para empregos provavelmente no país inteiro, o Brandon recebe uma ligação surpresa da City of Dallas (prefeitura de Dallas, TX) o chamando para uma entrevista 2 dias depois. Num primeiro momento pensamos, "Será que eles deram-se conta que estamos em Utah?"

Também pensamos se valeria a pena ele viajar para o TX num último minuto, sendo que geralmente, companhias privadas contratam alguem assim de outro Estado, mas não prefeituras. Decidimos que tinhamos que tentar, e no dia seguinte ele voou para Dallas. Continuamos apreensivos, já que percebemos que muitos outros estavam lutando pela mesma vaga.

E....depois de 2 semanas, recebemos a boa notícia. Ele conseguiu a vaga. Alegria e apreensão tudo de novo ao mesmo tempo, porque agora, eu tinha que tentar uma transferência com a Amex.

*Marco

O Brandon muda para Dallas, para fazer exames de saúde e começar a trabalhar. Eu fico com as meninas enquanto tento a minha transferência.

Minha vida vira um stress só. Não somente eu tinha que dirigir aquilo todo santo dia, agora tinha que levar as meninas comigo. Encontrei uma daycare perto do trabalho e as mudei para la.

Para piorar as coisas, o Brandon faz o teste de saúde e nao passou. O laboratório diz que o açúcar no sangue dele estava muito alto (por causa da diabete, o que provavelmnte foi ocasionado pela longa viagem dele de UT para o TX). O nosso chão simplesmente caiu. Como assim?! Depois de tudo isso, todos os planos, ele teria que voltar? Não, essa não era uma possibilidade.

O novo chefe dele também não pode acreditar. Felizmente, parece que isso seria considerado contra a lei, nao contratar alguem por causa de uma disabilidade. Pediram para fazer outro exame em outro laboratório. Nesse meio tempo 1 mês se passou, e nós com o coração na mão. E então...ele cuidou direitinho e finalmente passou. Ufa!

*Abril

Eu estou no limite. Não podemos alugar uma casa em Dallas porque ainda nao consegui a transferência. Na Amex eles não dao muitos detalhes se a transferência vai rolar ou não, e sei vai, quando. Não somente isso, mas a Cia esta bombando com novos clientes e business, e eles decidem que todos os funcionarios, dos gerentes até os estagiarios, tem que fazer hora extra - 6+ horas por semana.

Eu penso que não posso viver assim por muito mais tempo. Eu e o Brandon chegamos a conclusão que se eles não decidirem sobre a transferência até o fim de Abril, que eu vou me demitir e tentar outra coisa em Dallas. Encontro outra familia para alugar a casa que estavamos, e começo a arrumar a mudança (nos finais de semana).

Dia 22 de Abril, eles decidem! Não só me dão a transferência como aceitam que eu trabalhe de casa. Feliz, feliz....agora correr para dar tempo de mudar. O Brandon encontra uma casa em Dallas para alugarmos. Meu último dia no escritório em SLC é dia 28. Num último minuto convencemos minha mãe a vir me ajudar, e ela como sempre, larga tuda e vem pra cá. Saimos da casa no dia 30.

*Maio

O caminhão com a mudança se vai. Eu havia decidido que eu, minha mãe e as meninas iríamos nos despedir de Utah em Park City... e foi tudo de bom. Começamos a nossa viagem rumo ao Sul. E finalmente no dia 06 de Maio, a nossa família se reuniu novamente, exatamente dois meses depois.

*Junho

Começa tudo de novo...minha mãe infelizmente tem que ir embora. As meninas começam em uma nova daycare. Começamos nos adaptar novamente. Dirigimos muito para conhecer as redondezas.

*Julho

Aproveitamos e máximo como podemos em familia. A sensação de poder começar a encaixar novamente o quebra-cabeça é muito bom.

*Agosto

Um momento que a Becca vem esperando pelos últimos 2 anos - começar a estudar na 'Big School' no kindergarten (pré), na escola publica. Eu chorei comprando material escolar...mal pude me conter. Nunca vou esquecer o olhar de felicidade dela no primeiro dia de escola.

*Setembro

Viajamos para San Antonio para passar o feriado do Labor Day. Vamos ao SeaWorld e Six Flags. Amamos.

*Outubro-Dezembro

Sem grandes acontecimentos. Começamos os preparativos para viajar ao Brasil, o que esperamos ser em Fevereiro. Mais detalhes sobre isso...vem no próximo post.

Conclusão

Pra mim uma coisa boa sobre um novo ano são as possibilidades de começar de novo, como se fosse uma nova chance. Os anos são basicamente todos os mesmos. Acho que são as nossas atitudes e como respondemos aos acontecimentos que podem fazer a diferença. Os últimos 2 anos foram muito estressantes, e tudo o que eu quero é que as coisas se ajeitem e voltem ao normal. Acho que torcer para tudo dar certo já é um grando passo.

Espero pelo melhor para todos vocês tambem neste ano que começa.

Bjs,

sábado, novembro 12, 2011

De coracao....

Eu sei...fazem meses e meses que nao venho aqui. E a explicacao e' bem simples - eu nao tenho muito tempo, e o pouco que tenho, tento passar com a minha familia. O que quero fazer e' uma retrospectiva do ano, mes por mes...para mais ou menos, se possivel, contar o que passamos. Mas acho que ninguem mais passa por aqui...

O principal motivo para escrever, e'...mais ou menos, como sempre, desabafar um pouco. Estou tentando ir para o Brasil. O motivo do 'tentando' eh porque, a minha relacao com a empresa que trabalho, eh complicada. Dependendo da situacao, as vezes tenho que decidir ferias assim, meio que de ultima hora, o que para uma viagem para Brasil - que tem que ser um pouquinho detalhista, nao da!

Ai andei meio cabisbaixa, pensando momentaneamente que de repente eu deveria voltar pro Brasil - ja que essa saudade da familia, as vezes, doi demais. Tambem pensando que nao ando espondo a minha cultura brasileira para as minhas filhas. Eu sei, eu sei...meio irracional. Sao so' pensamentos vagando meio quesem direcao.

De repente liguei pra uma das minhas madrinhas de casamento - a Re, que voltou pro Brasil em 2009, depois de 7 anos nos EUA, e conversamos pra-caramba! Foi o-t-i-m-o escutar de uma pessoa que morou aqui por tanto tempo e voltou pro Brasil, porque esse sempre foi o plano dela. E eu contando as minhas neuras, e foi otimo escutar de alguem que colocou os meus proprios pes no chao e disse PARA! E contou din-din por din-din as diferencas que eu encontraria, e o porque ela acha que eu deveria parar com essa historia meio louca. Embora a vida aqui e a vida ai tenha os seus 'pros e contras' no fim do dia, o custo de vida, e o que eu consigo aqui em comparacao com o que consigo no Brasil, faz a decisao ser mais facil.

Agora, alguem me explica porque eu nao tenho uma familia que quer mudar pra ca???? Por mim, eu tenho os meios e os direitos (legais) de traze-los pra ca...mas ninguem quer saber!

O vida danada!

So me falta....as ferias serem confirmadas!

quinta-feira, junho 09, 2011

Here I am....

Eu sei. Sumi. Mas nem sei por onde comecar....ja que tanta, mas tanta coisa aconteceu!

Mas enfim...estou no Texas. Quente Texas, rs. A familia esta reunida de novo.

Vou fazer um resumo dos meus ultimos 3 meses e colocar aqui... nao quero abandonar o blog mais do que ja esta.

Saudades de todos,

Bjs,

segunda-feira, março 07, 2011

Here we go......Again!

Entao. Estamos... De mudanca. De novo.

Ok...primeiro, as boas noticias: depois de 10 l-o-n-g-o-s meses, o Brandon conseguiu um emprego. Numa 'empresa' boa. Uma que eu tenho quase certeza que nao fechar as portas por conta da economia. E...na area dele.

A "empresa" eh a cidade de Dallas - pois eh, com a prefeitura. Isso que dizer que estamos indo para o....

TEXAS!

Nao sei ao certo como explicar, mas desde muito tempo eu sempre achei que um dia acabaria por la...sabe aquele sentimento que nao tem explicacao? Pois entao...

O Brandon ja esta de mudanca. Infelizmente, so ele. Vai na frente, sai daqui na quarta-feira. Eu e as meninas ficamos...e o motivo eh porque eu estou tentando uma transferencia com a minha empresa. Geralmente nao aconteceria porque o empregado tem que estar na compania por pelo menos 1 ano, mas como caso eh delicado e diferente, eles vao deixar, mas precisa-se ter uma vaga aberta pra mim... Entao, torcam ai que vai dar certo. Espero que em menos de 2 meses aconteca alguma coisa, boa.

Entao...sei que ando desaparecida, mas nao tenho tido tempo nem pra respirar. E a partir de agora, menos ainda...ja que serei 'mae solteira', dirigindo 2 horas por dia e ainda tendo que fazer hora extra, obrigatoriamente. Sabe como sao as coisas...

Volto logo assim que estiver arrumando a mudanca!

Bjs,

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Rachel....

....minha querida. Parece que foi ontem que voce ainda estava na minha barriga, mexendo sem parar.

...parece que foi ontem quando escutei seu choro pela primeira vez...

... e quando vi voce sorrir... e que me admirei quando voce durmiu a noite inteira.

O tempo passa tao rapido, vc ja diz mama e dada, ja engatinhou...e ja faz bem mais de uma mes que oficialmente comecou a andar.

Sabe o que nao passa? O meu amor por voce. Eh cada dia maior e mais intenso. A cada dia me sinto mais orgulhosa pelas suas conquistas...que sei que pra vc sao tao grandes como escalar grandes montanhas. Eu nem posso imaginar tudo o que vc ainda esta por viver.

Te amo minha querida.

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

domingo, dezembro 05, 2010

Still here......

Tudo tem sido extremamente 'busy' por aqui. Os unicos momentos que tenho...sao para a minha familia e faltam minutos para atualizar o blog, infelizmente.

Bom....o trabalho....anda. Eh totalmente outra realidade de quando trabalhava na ultima empresa de turismo. Os clientes sao outros, as prioridades deles, mais ainda. Se antes eu atendia a classe media, agora eu lido com a altissima (pense em donos de companhias e Oprah). Longe de classe economica...acho que 80% ou mais se irritam se eu nao menciono business ou primeira classe. Ontem mesmo um cliente estava irritadissimo pela instabilidade do tempo em NYC, o que ocasionou o cancelamento de varios voos (ele estava vindo de West Palm Beach na Florida), o que consequentemente iria faze-lo perder a sua reserva em um restaurante em Nyc, cujo cancelamento era de $500.00 dolares...e mais ainda, o voo no dia seguinte pra Dubai o que ele pagou a bagatela de $28 MIL dolares....

Pois eh... nessas hora percebemos que somos sortudos se compararmos a nossa realidade com os menos afortunados, e ao mesmo tempo, temos tao menos do que tanta gente por ai...o que ainda, nao nos tira o valor e honra, apenas m-u-i-t-o-s dos privilegios. Agora, o que esse povo gasta....n-a-o=e-s-t-a=n-o=g-i-b-i! Vai gastar assim la na China... No outro dia um "cara la" comprou um safari por meros $135 mil dolares!

O que posso dizer eh que estou aprendendo...e muito. E que nao vejo a hora de ir para o minha posicao final que eh no departamento de cruzeiros maritimos. Eu sou do tipo "relacionamentos"....e esse povo cheio da grana (por muito!) que precisa de vc so agora, me deixa um pouco 'inconfortavel'. Entende?!

Do mais...aqui em casa, as coisas estao encaminhando, na medida do possivel. Ainda nada - no horizonte - para o maridao, mas continuamos na expectativa. A Becca continua safadissima e a Rachel nao para um minuto...comecou a engatinhar ultimamente e o outro dia subiu t-o-d-a-s as escadas de casa - compreende?! Ela esta um furacao!!!! Logo, logo comeca ela andar, aposto!

Espero vir com mais novidades logo....senao, aproveitem o calor ai no Brasil, e os daqui....cuidado com a neve (aqueles que as tem) e as estradas derrapantes!

Bjs,

domingo, outubro 31, 2010

Vegas, baby

Já fazem 4 semanas que fomos à Vegas, mas só agora tive uns minutos pra colocar algumas fotos. Foi a primeira viagem minha e do Brandon sem as nossas 2 meninas...estávamos mesmo precisando de um tempinho a sós...mas ainda tenho as minhas dúvidas se Vegas é o lugar ideal para uma viagem que tinha como dois dos objetivos descansar e recarregar as energias.

E eu que trabalho com Turismo não me aguento...tinha que experimentar mais de um Hotel (então em parte a culpa é minha de não descansar tanto, já que mudamos de Hotel duas vezes) - ficamos no Flamingo por 2 noites (localização perfeita, mas os quartos precisam de um makeover), Rio...pois é, baseado no nosso Rio de Janeiro - tem restaurantes com nomes de cidades brasileiras, como São Paulo e Buzios - tem somente suites, eu achei ótimo! A suite enorme...e embora não seja na Strip, fica a apenas 3 minutos de lá. E por último ficamos no Tropicana. Primeiro eu jamais ficaria lá pois o Hotel tinha ficado bem decadente, principalmente os quartos bem 'outdated'. Mas dei uma olhada de novo, e eles estão passando por uma enorme renovação, todos os quartos disponíveis são os renovados, e no fim das contas, superou as minhas expectativas, já que não estava esperando muito. Fica perto do Luxor, New York New York, etc...Então fica a dica.

Bom, voltando ao motivo da viagem...como todo mundo sabe, Las Vegas é o playground dos adultos. Dito, 24hrs de luzes e ação, minha cabeça fica meio em parafusos. Logo na primeira noite fomos parar num karaokê e eu fiquei meio tri-li-li e acabei até cantando Elvis (acredite se quiser, então por favor não me faça entrar em detalhes, rs). Enfim, foi uma das noites mais divertidas. Bom demais...

Fomos em 3 shows: Penn & Teller do seriado Bullshit no showtime (ótimo!), Barry Manilow, pra quem não sabe, mais conhecido pelos sucessos Copacabana e Mandy (maravilhoso show), e Nathan Burton, um showzinho de comédia mais ou menos. Eu que sou mais do que fã do Titanic (aliás, bem antes do filme) tive que ver a exposição de artefatos no Luxor. Eles te dão um flyer com a história de uma pessoa ou família real que estava à bordo do Titanic, e no final da exposição há um local onde você procura e fica sabendo se a pessoa/família sobreviveu ou não. É bem emocionante!

Enfim...aproveitei com o maridão, não recarreguei muito as baterias, relaxei só um pouco mas me diverti bem, o que eu já devia saber, afinal, "that's Vegas"!

"At the Copa (CO!), Copacabana Music and passion were always the fashion..."

Teller...mágico e comediante

Penn...o cara é bom!