quinta-feira, janeiro 26, 2012

Worried?!

Sei não...estou começando a ficar preocupada, será que estou perdendo um pouco da minha 'identidade brasileira'?

Eu sempre tenho essa curiosidade em saber como os americanos que vivem no Brasil encaram o dia-a-dia. Aquela coisa do oposto, como é que fica, sabe como é. E hoje estava lendo um post de uma americana que mora em São Paulo comentando sobre como as aparências fazem a diferença.

Ela começou dizendo que é sempre tratada daquele jeito no Banco, ou seja, de qualquer jeito. E um dia ela decidiu se arrumar/empetecar um pouco...e ahhh, quanta diferença! E daí seguiu falando sobre como deve-se ir a padaria (tudo bem que, ela mora do lado da Oscar Freire), ao supermercado...e ai fui ler os comentários sobre como em SP ninguém usa chinelo na rua...que é um grande no-no! (ps.: os comentarios eram todos de americanas morando no Brasil). Eu nunca notei isso, e fiquei me perguntando se era verdade. Na hora lembrei de uma reportagem essa semana sobre como o Ashton Kutcher nem se importou em usar chinelo num restaurante em SP (como a matéria apontou, um absurdo). E que chinelo é coisa de quem é do Rio, mas não em SP! (Mas peraí....não é cool mais usar Havaianas? rs...)

Aí me dei conta que fazem 4 anos que não vou ao Brasil. Esse 'assunto' é uma coisa que nem se passava mais na minha cabeca. No começo achava um absurdo como o pessoal aqui nos EUA às vezes desencalha demais, e vai no supermercado de pijama, mas agora eu nem ligo mais; Mas aí pensei... não andar de chinelo na cidade? Achei um pouco demais. Parei pra pensar um pouco mais e fiquei boba...porque não lembro! Não lembro se ligava pra essas coisas ou não. Sei que hoje iria em qualquer lugar assim, numa boa. Não em restaurante chique, mas banco?! Será que estou ficando muito desleixada?! E olha que eu ainda sou uma daquelas que me arrumo um pouco para viajar...mas agora...como é que o pessoal se veste mesmo no Brasil?

sexta-feira, janeiro 13, 2012

Welcome 2012!

2011 finalmente acabou.

Muitas mudanças aconteceram... muitas, muitas.

*Janeiro

Começamos 2011 emocionalmente acabados. O Brandon desempregado por meses sem nenhuma perspectiva concreta de trabalho decente. Eu havia começado a trabalhar em Salt Lake City a 51 milhas de distância de casa. Então dirigia por volta de 160km por dia e estava no limite to stress.

*Fevereiro

Depois de aplicar para empregos provavelmente no país inteiro, o Brandon recebe uma ligação surpresa da City of Dallas (prefeitura de Dallas, TX) o chamando para uma entrevista 2 dias depois. Num primeiro momento pensamos, "Será que eles deram-se conta que estamos em Utah?"

Também pensamos se valeria a pena ele viajar para o TX num último minuto, sendo que geralmente, companhias privadas contratam alguem assim de outro Estado, mas não prefeituras. Decidimos que tinhamos que tentar, e no dia seguinte ele voou para Dallas. Continuamos apreensivos, já que percebemos que muitos outros estavam lutando pela mesma vaga.

E....depois de 2 semanas, recebemos a boa notícia. Ele conseguiu a vaga. Alegria e apreensão tudo de novo ao mesmo tempo, porque agora, eu tinha que tentar uma transferência com a Amex.

*Marco

O Brandon muda para Dallas, para fazer exames de saúde e começar a trabalhar. Eu fico com as meninas enquanto tento a minha transferência.

Minha vida vira um stress só. Não somente eu tinha que dirigir aquilo todo santo dia, agora tinha que levar as meninas comigo. Encontrei uma daycare perto do trabalho e as mudei para la.

Para piorar as coisas, o Brandon faz o teste de saúde e nao passou. O laboratório diz que o açúcar no sangue dele estava muito alto (por causa da diabete, o que provavelmnte foi ocasionado pela longa viagem dele de UT para o TX). O nosso chão simplesmente caiu. Como assim?! Depois de tudo isso, todos os planos, ele teria que voltar? Não, essa não era uma possibilidade.

O novo chefe dele também não pode acreditar. Felizmente, parece que isso seria considerado contra a lei, nao contratar alguem por causa de uma disabilidade. Pediram para fazer outro exame em outro laboratório. Nesse meio tempo 1 mês se passou, e nós com o coração na mão. E então...ele cuidou direitinho e finalmente passou. Ufa!

*Abril

Eu estou no limite. Não podemos alugar uma casa em Dallas porque ainda nao consegui a transferência. Na Amex eles não dao muitos detalhes se a transferência vai rolar ou não, e sei vai, quando. Não somente isso, mas a Cia esta bombando com novos clientes e business, e eles decidem que todos os funcionarios, dos gerentes até os estagiarios, tem que fazer hora extra - 6+ horas por semana.

Eu penso que não posso viver assim por muito mais tempo. Eu e o Brandon chegamos a conclusão que se eles não decidirem sobre a transferência até o fim de Abril, que eu vou me demitir e tentar outra coisa em Dallas. Encontro outra familia para alugar a casa que estavamos, e começo a arrumar a mudança (nos finais de semana).

Dia 22 de Abril, eles decidem! Não só me dão a transferência como aceitam que eu trabalhe de casa. Feliz, feliz....agora correr para dar tempo de mudar. O Brandon encontra uma casa em Dallas para alugarmos. Meu último dia no escritório em SLC é dia 28. Num último minuto convencemos minha mãe a vir me ajudar, e ela como sempre, larga tuda e vem pra cá. Saimos da casa no dia 30.

*Maio

O caminhão com a mudança se vai. Eu havia decidido que eu, minha mãe e as meninas iríamos nos despedir de Utah em Park City... e foi tudo de bom. Começamos a nossa viagem rumo ao Sul. E finalmente no dia 06 de Maio, a nossa família se reuniu novamente, exatamente dois meses depois.

*Junho

Começa tudo de novo...minha mãe infelizmente tem que ir embora. As meninas começam em uma nova daycare. Começamos nos adaptar novamente. Dirigimos muito para conhecer as redondezas.

*Julho

Aproveitamos e máximo como podemos em familia. A sensação de poder começar a encaixar novamente o quebra-cabeça é muito bom.

*Agosto

Um momento que a Becca vem esperando pelos últimos 2 anos - começar a estudar na 'Big School' no kindergarten (pré), na escola publica. Eu chorei comprando material escolar...mal pude me conter. Nunca vou esquecer o olhar de felicidade dela no primeiro dia de escola.

*Setembro

Viajamos para San Antonio para passar o feriado do Labor Day. Vamos ao SeaWorld e Six Flags. Amamos.

*Outubro-Dezembro

Sem grandes acontecimentos. Começamos os preparativos para viajar ao Brasil, o que esperamos ser em Fevereiro. Mais detalhes sobre isso...vem no próximo post.

Conclusão

Pra mim uma coisa boa sobre um novo ano são as possibilidades de começar de novo, como se fosse uma nova chance. Os anos são basicamente todos os mesmos. Acho que são as nossas atitudes e como respondemos aos acontecimentos que podem fazer a diferença. Os últimos 2 anos foram muito estressantes, e tudo o que eu quero é que as coisas se ajeitem e voltem ao normal. Acho que torcer para tudo dar certo já é um grando passo.

Espero pelo melhor para todos vocês tambem neste ano que começa.

Bjs,