sexta-feira, dezembro 28, 2007

Once again ... Road Trip...

Bom, então...vamos mudar o rumo dessa prosa, e como disse minha amiga Rita: "Let's move on, people". Afinal, tive um feriado pra lá de cheio, e quero contar procês em details...

Bom, quando me mudei pra Idaho pensei que no inverno iría viver embaixo de neve. Ledo engano! Enquanto metade do país já andava experimentando os dias brancos, e as dores de cabeça que a neve trás...cá estávamos nós esperando o tal dia chegar. Não que eu goste de neve...quer dizer, é tudo muito bonito quando vc vê...mas o dia-a-dia com ela...é trabalhoso demais!

Mas...estava esperando, e nada. Nevou um pouquinho 2 semanas atrás, mas derreteu tudo no mesmo dia. Por isso, quando o Brandon veio com a história que tinha que comprar correntes para levar no carro no caso de neve, eu dei risada. "Comeone, não neva tanto assim aqui!" Mas ele disse que era mandatório ter as tais correntes no carro, então resolvemos comprar. Afinal, se não as usar, podemos devolver...

Saímos de casa sexta-feira à tarde, correndo, antes que escurecesse... coisa que agora acontece antes da 5 da tarde. Pois é, é claro que podemos dirigir à noite, mas..... em caso de neve (que eu não imaginava de onde viria) melhor não arriscar. Saímos de Idaho, atravessamos uma boa parte do Oregon, e chegamos à Washington. Na primeira parte da estrada no Oregon, tudo é lindo de morrer.... e eu e Brandon já ficamos fazendo planos p/ viajar com meus pais por lá.

Bom, já havíamos comprado no priceline uma noite de Hotel em Yakima, à 2 horas de Seattle (e 5 horas e meia de casa). Resolvemos ficar lá pois teríamos que atravessar o tal do Shoqualmie Pass, que nessa época do ano, pode ser um pouco challenging. Mas eu só notei isso no dia seguinte....

Depois de um café da manhã delicioso num diner, fomos nós pegar a estrada, pensando que rapidiinho, em 2 horas estaríamos em Seattle...

Na estrada, vamos subindo, subindo... começa a chover, o carro mostra a temperatura caindo, caindo...começa a nevar, e entre tempo nublado, chuva e neve...tudo acontece em menos de 5 minutos. De uma hora pra outra, todo mundo começa a deslizar e parar no acostamento pra colocar correntes no carro. Como esse é trabalho do marido, eu fiquei quietinha e quentinha dentro do carro... e como não me abusei à sair, tirei essas fotos do carro da frente, enquanto eles faziam a mesma coisa que nós (no entanto...o homem tinha uma esposa mais considerável que foi ajudá-lo).

Clique nas fotos se quiser aumentá-las)

E assim foi a viagem, e a nossa paisagem até umas 20 milhas de Seattle. Batidas pra lá e pra cá, mas ainda bem, tenho um marido que dirige pra lá de bem, e é super cauteloso. Em coisa de meia hora, fecharam a estrada do sentido contrário p/ carros sem corrente. Os policiais olhavam carro por carro, e nesse momento, fiquei super feliz por termos as nossas!

Chegando em Seattle, de cara, me corta o coração ver uma placa e-n-o-r-m-e informando as direções pra Vancouver, BC (Canada). Ai que vontade de só continuar dirigindo e ir direto pra lá. Infelizmente não tínhamos tempo o suficiente. Tão perto, e os mesmo tempo tão longe.... Ai que SAUDADES!!!!

Bom, fomos direto para downtown conhecer o tal do Public Market (ou Pike Place Market). Imagina, véspera de Natal, não cabia nem um piolho lá. Mas bem interessante a história: foi aberto em 1907, e é um dos mais antigos dos EUA. Como foi construído na beira de um hill, o mercado tem varíos andares abaixo do andar principal, com todos os tipos de lojas, e andando lá por dentro, às vezes até parece um labirinto.

No andar principal, muitas bancas de peixe. Inclusive, o famoso Pike Place Fish Market, onde os empregados jogam os peixes uns para os outros, ao invés de simplesmente passá-los de mão em mão. Não tirei foto porque estava quase impossível chegar perto, tantas as pessoas lá olhando. Além disso, há outros tipos de produtos e comilanças de produtores locais.

Depois de visitar o centro da cidade, fomos pra casa da Meire, que eu só a conhecia pelo blog. Ela também veio como au pair, e acabou casando com o Roger, que é um amor de pessoa. Eles foram tão generosos em nos receber, e nos trataram como reis...sério mesmo. Regalias e regalias. A Meire é um barato...fala pelos cotovelos, e eram tantas coisas pra falar e botar em dia, que começamos umas 15 conversas e não terminamos nenhuma. Um barato. Fora isso...um feijão ma-ra-vi-lho-so que ela fez, que ...ai, só de lembrar me deixa com água na boca.

Bom, chegando Domingo...GAME DAY! Eu estava tão excited com o jogo que mal cabia em mim. Primeiro deixamos a Becca na casa da Débora, que é amiga da Pry...que me indicou, e que foi um amor de pessoa em nos ajudar também. Imagina, nem me conhece, mas se prontificou à cuidar da minha filha. Fomos então para o Estádio, naquela chuva que não parava....mas hey, isso já é de se esperar em Seattle! Antes de pensar em São Paulo como sendo a terra da garoa, pense em Seattle!

Chegando lá, me senti a São Paulina no meio da torcida do Palmeiras. Só dava a gente uniformizado de Ravens, no meio da galera do Seahawks. Mas foi o máximo, ninguém...digo NINGUÉM nos tratou mal, nem nada. Claro...tinham as piadinhas..."tá torcendo pro time errado"..."hey, comeone, you have to change teams!". Mas só. O que era de doer mesmo era o preço da cerveja...USD7.50 por uma simples long neck. Isso sim, cortou meu coração, e especialmente meu bolso!

Mas...deixa pra lá... tudo era festa. Começo do jogo, era tanto barulho da torcida adversária (ou seja, os 80 mil fãs contra a gente) que eu não conseguia ouvir a minha prórpia voz. Inacreditável....

Mas foi o máximo...mesmo que por mais que eu gritasse "GO RAVENS, GO"...eu continuava não escutando a minha própria voz. Resultado? Se eu não conseguia me escutar, lógico que os players também não conseguiram, e aí...pois é, perdemos o jogo: 27 X 6, rs. Mas tudo bem...eu já sabia que isso ía acontecer.... O que valeu foi a intenção e a emoção - hell yeah, I'm a football FAN! LOVE IT!

Dormimos em Seattle Downtown no Domingo, num hotel chiquetérrimo (pois é, thanks to priceline) e foi tudo de bom. Segunda feira, dia da longa volta, mas não antes de conhecer o famoso Space Needle. O bichinho é alto pra danar mesmo.... Mas, não pegamos o elevador, pois o Brandon se recusa a pagar $16 doletas pra isso. Eu estava doidinha, mas ele disse não...então é não.

E foi assim...depois de mais uma visitadinha pela cidade - que acredite, não choveu na nossa saída! - começamos o longo caminho de volta...que nos proporcionou as mesmas aventuras da vinda. Porque com a gente, é sempre assim....

Mas...amei. Tudo bonito e como eu esperava. Agora eu posso riscar da minha listinha mais uma das cidades que eu gostaría de de conhecer...

E vocês...andaram aproveitando o feriado numa boa?!

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Resposta às respostas...

Nos últimos dois dias andei lendo os comentários, calada. Assim como o blog é um meio de expressão, free, os comentários também estão aí pra quem quiser comentar e dizer (quase) o que bem entende e vêm à mente. Mas há um limite...

Eu sou à favor da expressão live e estou aberta à opiniões diferentes. Afinal, o que sería desse planeta se todo mundo pensasse exatamente da mesma forma...?! Aliás, sou madura o suficiente para, quando certa que tive uma opinião errada sobre alguma coisa, e à vista de novas evidências, mudar essa minha opinião. Não acho nada errado nisso. Errado é ser orgulhoso, saber que alguma coisa (ou opinião) está errada, e continuar batendo na mesma tecla só pra não ter de se mostrar fraco, ou passar por mal entendido, ou digamos, menos entendido.

No entanto, se for em relação ao post anterior, eu continuo concordando com cada palavra que escrevi. Não acho que estou sendo preconceituosa... até porquê, como disse Voltaire, “preconceito é uma opinião sem julgamento”, ou seja "adquirimos uma opinião qualquer, não verificamos sua razão de ser e passamos a acreditar naquilo, simplesmente." Muita gente taxa uma atitude de preconceituosas, sem pensar duas vezes sobre o que isto significa.

Pode ser que eu adquiri a idéia sendo preconceituosa, mas, antes de decidir me expor e falar sobre o assunto, fui ler mais, e entender à respeito do que queria falar, e acabei confirmando muitos dos meus pensamentos. E mais, eu já passei por isso, eu conheço quem passa por isso, e sei de gente que decide tomar direções diferentes. À partir disso, isso é apenas a minha opinião, e não preconceito.

Por exemplo, eu não tenho preconceito aos Judeus, ou Católicos, ou whatever. E antes que comecemos à discutir religião, eu conheço a doutrina deles, respeito, mas não concordo. Essa é a minha opinião. E segundo a minha opinião, não vou viver ou seguir vivendo a vida deles, porque não concordo com ela. Simples assim.

Agora, vir no meu blog discordar da minha opinião, não tem problema algum. Mas seja decente, não seja de baixo calão. Como disse a minha amiga Janice (que muitas e muitas vezes discorda de mim), vir aqui jogar pedras em mim e não ter confidência ideológica pra se identificar, não está com nada. É no mínimo, triste. E pra quem quis me defender, obrigada pela intenção e tentativa.

Desejar o mal...ou que eu receba em DOBRO tudo o que eu desejo à essas pessoas...bom, hoje estamos indo pra Seattle assistir Seahawks X Ravens, vou conhecer a cidade e assistir o jogo que são sonhos antigos, vou conhecer não só uma, mas 3 amigas que conhecí aqui pelo blog...(aliás, uma vai me hospedar na casa dela), essa semana o Brandon recebeu um bônus ótimo da empresa que não esperávamos, acabamos de ganhar uma washer & dryer, meus pais vêm pra cá em 2 meses, e outras coisinhas mais. Se fosse assim, se eu realmente desejasse tanto mal assim, essas coisas não deveríam estar acontecendo comigo, não é não?! ... Mas anyway, aceito as desculpas.

E ahh.... felizmente ( ou infelizmente) ainda não há a mínima possibilidade de vcs me verem no Biggest Loser, porque pra ser qualificada à pelo menos me inscrever...nossa, tenho que ganhar muitos, mas muitos mais kilos.

Quanto às crianças nascidas aqui de pais ilegais, as duas queridas que deixaram comentário parecem não ter a mínima idéia do que está acontecendo. Tanto que há até uma expressão para a situação: "anchor babies". Os pais se beneficiam sim. A criança quando atinge os 21 anos pode entrar com pedido de imigração para os pais, irmãos, etc... E assim, toda a família pode vir. Nesse meio tempo, raramente os juízes mandam os pais ilegais embora. Eles ou aprovam um processo para que os pais sejam ilegíveis para entrar com o processo para residência, ou simplesmente os deixam continuarem aqui, vivendo ilegais.

A criança nascida em território americano de pais ilegais é cidadã apenas pelo 14th amendment, que foi incluido na Constituição depois da Guerra Civil para garantir que nenhuma injustiça fosse feita aos Americanos Africanos, ou seja, para que não se pudesse refusar cidadania aos negros que já moravam aqui e seus filhos, já nascidos ou à nascer. E a forma que se foi falada, parece que é assim que funciona em todo país! Mas não... muitos países não o permitem que uma criança seja automaticamente dada cidadania só porque nasceu no solo daquele país.

A única coisa que falo nesse sentido é que não envolve apenas a minha situação, mas de outras pessoas que tentam imigrar para um país, seja esse o país que for. Segundo o que foi escrito: "Disrespect for the rule of law: By not closing this loophole, Congress in effect rewards law-breakers and punishes those who have chosen to follow the rules and immigrate legally."

Se quiser mesmo entender o que acontece, leia este articulo .Se quiser continuar não concordando, tudo bem, é simplesmente a sua opinião.

E, só mais uma vez...o problema não é o imigrante ilegal em sí... eu não tenho nada com isso. E sim, o que expliquei no penultimo parágrafo do post anterior.

Mas, já que para alguns a minha opinião não importa, porque eu sou uma pobre imortal imigrante, semana que vem pode ser que o Brandon venha aqui, com a opinião dele, de cidadão americano nascido aqui.

Sei que o assunto é contraditório, mas... no mínimo, vamos ser educados. Se não estiver contente, o X aí em cima, do lado direiro da sua tela, é a serventia do blog.

Enquanto isso minha gente, deixe-me ir...afinal, I'm going to Seattle baby!

quarta-feira, dezembro 19, 2007

O motivo da indignação...

Quem me conhece, ou pelo menos lê o meu blog por um tempinho, sabe que uma das coisas que eu mais falo é que não gosto de generalizar. Nunca! E não é agora que vou começar.

Há casos e casos. E é aí que entra o seu bom-senso. Quando disse que parte do dinheiro que pagamos em taxas vai pra quem mora aqui ilegal e fica tendo filho sem seguro médico, disse porque é verdade.

É lógico que existem pessoas que estão tendo uma gravidez totalmente inesperada, e eu de forma alguma as julgo. E isso serve tanto pra quem mora aqui legalmente ou ilegalmente. Eu sei que há casos em que a família está passando por dificuldades, e de forma alguma espero que estas pessoas sofram. Eu jamais esperaría o mal de alguma pessoa, seja ela quem for.

Mas julgo a pessoa que é ilegal e fica gravida intencionalmente pra ter o filho nos EUA, porque mesmo que exista uma lei na Constituição dizendo que filho de pais ilegais não tem direito à cidadania, o que acontece hoje é exatamente o contrário. Hoje em dia, a criança nascida aqui é considerada cidadã e aí toda a família vêm junto. E além de fazer isso, ainda faz à custa dos outros.

Veja bem…eu não sou Americana (nunca quis ser - vou ser para, por exemplo, permitir que meu irmão venha me visitar), e não deveria estar nem aí pra quem entra aqui ou não. Legalmente ou ilegalmente. Mas quando isso deixa de ser justo, aí sim, eu me incomodo. Por que no fim, não é justo pra quem paga milhares de dólares em taxas, suportar quem não está nem aí pra pagar taxas também. E pra quem não sabe, a quantidade de taxas que qualquer um paga, é de acordo com o que se ganha. Quem ganha pouco, a porcentangem é menor, quem ganha mais, é maior. E por isso não é justo ninguém viver aqui sem pagar nada. Esse país já oferece opportunities demais pra todo mundo…e tomar vantagem disso já é abuso demais.

Se vamos ser justos, vamos ser justos. Tem imigrante ilegal que paga taxas, mas a maioria não paga. E em grande parte, o motivo não é porque estão em dificuldades, mas porque não estão nem aí mesmo! Se você for notar - por exemplo muitos dos brasileiros - a maioria que veio pra cá não foi porque estavam sofrendo no Brasil, ou porque estavam levando essa vida miserável que alguns disseram. Vieram pra ganhar (mais) dinheiro que poderíam ganhar no Brasil.

Aí dizem que não têm instrução nem nada, mas são malandros o sufficiente pra falsificar passaporte, pra arrumar gente que os levarão pela fronteira do México, e aí sim…pra isso eles acham dinheiro pra pagar esse pessoal. Pensar em estudar, em escola pública como eu estudei a vida inteira, e vir de forma legal como num programa de au pair que custa só mil dólares, aí não dá né.

Aí… esse mesmo pessoal, trabalha aqui, não paga 1 centavo em taxas pro groverno, estão juntando milhares de dólares e construindo casarão no país deles, ficam doentes, e vão usar o Medicare de graça, com o dinheiro que nós pagamos, e você acha que eu concordo com isso? Porque não tiram o dinheiro da grana que estão juntando e pagam um médico? Ahhh, porque aí não dá né.

Ou...não dão uma ajudinha pro governo, mas tem garantido que os filhos estudem em escolas publicas. As crianças, coitadas, não tem nada a ver com isso... mas, será que tem justificativa o que os pais fazem? À custo dos outros?

No ano passado minha família pagou mais de US$20 mil dólares só em taxas. Assim, descontado direto do pay check. Sabe o que eu podia comprar no Brasil com esse dinheiro? Mas não…a gente faz o certo. Do que sobrou ainda pagamos seguro médico. Sabe porque mudamos pra Idaho? Porque o que estávamos ganhando não era o sufficiente pra pagar as nossas contas. Venha aqui me perguntar o que é passar dificuldade!

Aqui no novo Estado, a empresa que o Brandon trabalha é de porte bem menor do que a empresa interior. O que significa que o seguro médico não é tão bom assim. Mesmo assim, ainda pago, só da minha parte, $300.00 por mês em seguro médico. E isso só cobre 80% da conta. Mês passado tive uma miscarriage, fui pro hospital ver o que estava acontecendo, e só fizeram 1 exame de sangue e 1 ultrassom. Mesmo assim, a conta foi quase $2000, e disso, eu tenho que pagar $300. Eu não tenho dinheiro sobrando, mas…pagamos taxas, pagamos seguro, e ainda vamos ter que nos virar pra pagar essa conta. Esse é só 1 exemplo do que acontece no nosso dia-a-dia.

Eu sei bem que o dinheiro que pagamos vão pra centenas de áreas, e que o governo usa isso em coisas que eu também não concordo, como a Guerra. Mas são coisas que eu não posso mudar.

Eu não tenho problema com o imigrante ilegal em si. Quando os mencionei, foi no quesito o ilegal folgado, que não está aqui porque está passando tanta dificuldade assim. É aquele que só quer receber, e não quer saber de dar. É aquele imigrante que quer tomar vantagem, mesmo vivendo num país que oferece mil e uma oportunidades de crescimento. Que quer o melhor pra sí à custa dos outros. Pra esse tipo de gente, eu não tenho um pinguinho de dó. E eu não posso fazer nada nesse sentido à não ser me indignar. Por que é por causa desses imigrantes, que pessoas boas como meu irmão, que querem vir pra cá sem nenhum outro motivo à não ser me visitar, se danam. Por que ao entender do pessoal lá na embaixada, são todos farinha do mesmo saco.

É por isso que eu digo: Pra bom entendedor, meia palavra basta.

terça-feira, dezembro 18, 2007

Alegria e Tristeza...Tudo ao mesmo tempo...

Pois é...adivinhem. Não deram o visto para o meu irmão. Tô muito P da vida...muito mesmo. No entanto, deram p/ o meu pai e minha mãe, o que me deixa muito, extremamente feliz.

Mas sabe quando parece que está faltando um pedaço? E aquele ponto de interrogação enorme na minha cabeça, sem entender o porquê.

Tudo bem...a única coisa do contra é a idade (prestes a fazer 21) e trabalhando com a família. Não está numa faculdade ou coisa assim.

Mas, e o "histórico"da nossa família, não conta não? Eu nunca fiquei aqui ilegal. Meus pais e meu irmão mais velho, todos vieram p/ cá e voltaram numa boa. Mesmo tendo visto de 4 anos.

É por isso que eu fico doida...o Bill (o mais novo que tentou o visto) é o único da nossa família que nunca veio pra cá. Porque a primeira vez que viemos ele tinha menos de 4 anos, e meus pais decidiram não trazer, pois nós não aproveitaríamos a viagem, e nem ele se lembraría dela depois.

O que me confunde mais ainda é que...em 1 ano, eu posso ter minha cidadania americana, e daí eu posso aplicar p/ ele imigrar pra cá. Eu sei que o processo pode durar alguns anos...mas, o que importa é que, aplicar p/ ele ter um green card eu posso, mas eles não podem deixá-lo vir apenas me visitar. É o fim da picada. O que me deixa mais doida ainda é que... ele não tem a mínima vontade de morar aqui. A única coisa que ele queria era passar uns dias aqui com a gente.

Isso corta o meu coração, profundamente.

Enquanto isso, os milhares de dólares que pagamos em imposto todo ano, parte disso vai pra quem mora aqui ilegal e que fica tendo filho sem seguro médico - só pra dar um exemplo. E outras coisas mais...

Anyway, estou arrasada...

Guenta aí Bill.... a gente vai dar um jeito!

Te amo viu?!!!

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Só pra colocar a conversa em dia...

Nessa fase de não ter o que fazer, lá fui eu de novo arrumar pano pra manga. Sabe assim...vai chegando o fim do ano, você começa a pensar num 2008 novinho em folha batendo na porta, e pensa em coisas que quer fazer para que o próximo ano não passe batido, ou seja, algo que o faça o ano realmente valher a pena.

Eu ando meio presa, pois minha família tem o dia D - ou diria, dia E de Entrevista - no consulado na proxima segunda, onde vamos finalmente ver quando eles vem pra cá. Até lá, como digo, minha vida está “on hold”.

Aí, de novo, nessa de ‘não sei se caso ou compro uma bicicleta’, cheguei a conclusão que definitivamente devería voltar a estudar no próximo ano. Porque aqui, 'nos States', você - degree = nada que valha muito a pena. Não vou generalizar, mas é mais ou menos assim. Mas aí vem a pergunta: estudar o quê?! Que nova carreira seguir? (pois é...já disse que gostaria de mudar de carreira?)

Aí, decidi mandar um email para o meu ex-diretor, da escola do Canada que fui representante, e pedir a opinião dele. Além dele ser um homem muito bem sucedido, uma das razões pelo qual pensei nele é porque, no fim das contas, um dos motivos pelo qual vim parar nos EUA e não Europa, foi ele. Ele quem me incentivou. E cá estou eu.

Enfim, ele me mandou um email e-n-o-r-m-e, que eu gostei demais, cheio de idéias. Pra ele, o certo sería encontrar alguma coisa que eu possa trabalhar de casa. Logicamente, ainda mais agora que sou mãe, este seria o deal. Mas já fiz mil pesquisas, e pra tanto, quase sempre tenho que ter capital para investir primeiro, pra depois ver a coisa deslanchar. Coisa que, infelizmente, não tenho agora.

Aí, caso eu volte à estudar, a opinião dele sería voltada para Graphic e/ou Web Design, ou Database development. Eu já havia pensado no assunto, sobre entrar na área dos computadores, mas nunca pensei que fosse a minha área. Mas depois que ele me mandou o email, parece que uma lâmpada se acendeu na minha cabeça, e pensei: “Está aí, de repente deve ser isso que eu devería fazer." E outra, pra quê se vai à uma Universidade, pra aprender, não é mesmo?

Mesmo bem mais animada, continuava com uma pulguinha atrás da orelha, tentando entender se isso era mesmo a minha praia. Aí decidí conversar com a Luciana ,que trabalha na Microsoft e é também muito bem sucedida. Se alguém podería me dar um bom insight no assunto, sería ela, que trabalha na maior e melhor companhia do ramo.

Aí, segundo ela, o que eu desconfiava: Graphic Design e Web Design, dá pra aprender. Mas grande parte depende de talento, e isso, ou você tem, ou não.

Aí, fui conversar com a Clau que também é da área, está sempre em vários projetos diferentes, gosta e também sabe muito bem do assunto. Pois é, ela me disse a mesma coisa. No entanto, na parte de programação, é algo que dá pra aprender (não depente de talento) , paga-se bem (até mais do que Design), mas tem que gostar da coisa.

Aí que está, eu não sei se gosto da coisa, porque nunca precisei mexer com isso. Agora, uma coisa que ela deu a dica - que estou procurando mais à respeito - é uma certificação em Project Management. Independente da área, é bom ter, e dá um ‘up’ bem bom no resume (curriculum).

Mas enfim, marquei um horário em duas Universidades daqui para conversar com um Adviser. Conversa vai, conversa vem, e foi aí que chegamos à conclusão que…definitivamente, esse não é o meu ramo. Computer Science não é a minha praia.

Eu gosto de papéis, escritório, pessoas. Eu tenho é que fazer algo voltado para Business, de repente Accounting, ou algo voltado para Gerência de Negócios. Ele viu que, pela minha personalidade, eu tenho chances de crescer muito numa empresa, desde que eu faça algo que goste. E parando pra pensar, foi mesmo o que aconteceu quando trabalhava no Brasil. Sempre crescí muito bem, fazendo o que era apaixonada - turismo.

Isso foi bom e ruim. Pensei que no fundinho, eu podia fazer qualquer coisa. E de repente eu possa…mas isso não quer dizer que seja algo que eu vá realmente gostar e apreciar no meu dia-a-dia.

Mas, por enquanto, minha vida continua ‘on hold’, pelo menos até segunda-feira. Torçam aí que meus pais não vão cair com a tal “loira do consulado”. Porque ela é dureza. Vai se uma opotunidade ótima de passar esse tempo com a família, enquanto meu pai consegue 2 meses de ‘folga’ na quimioterapia.

Torçam aí!

Bjs,

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Graus de Separação

O perna-de-pau liga para o celular do craque.

- Alô, é o Romário? Aqui é o Cláudio Clara-de-Ovo

- Cláudio o quê?

- Clara-de-Ovo, do Juventude.

- Não te conheço. Vou desligar. O futevôlei vai começar.

- Não, peraí. Sou amigo do Rafa-Três-Em-Um, que jogou no Criciúma com o Fritz-Dogue-Alemão, que é amigo do Caiçara, que foi seu parceiro no Fluminense.

- Ah, o Caiçara é meu peixe.

*fonte: Revista Pesquisa Fapesp

Não é a primeira vez que me deparo com isso. Estou num local longe de ‘casa’ e conheço alguém que já morou em algum local que eu também morei, ou que estudou numa escola que eu estudei, ou que é amigo do ciclano, que é amigo do beltrano, que eu também conheço. E nesses momentos, de novo, a gente solta um “como esse mundo é pequeno!”.

Já perdi a conta de quantas vezes eu disse essa frase. E parece que quanto mais longe eu vá, menor o mundo fica.

Isso ficou mais aparente depois que mudei pra Idaho. Pois é, quem diria que em Idaho…uma situação dessas fosse acontecer…

Maldito (ou bendito) Orkut. A gente vai chegando num lugar que pensa que encontrar brasileiros vai ser tarefa árdua, e percebe que…é pura bobagem. Logo, logo…depois de encontrar alguns tupiniquins perrdidos no Estado das batatas, que deparo com outra Cinthia (o nome só um pouquinho diferente) e que tem exatos 30 anos como eu. Bom, conversa vai, conversa vem, e descobrimos que ela é de Pouso Alegre, uma cidade em Minas que eu morei quando pequena, e que desde então passei muitas das minhas ferias lá.

Pouso Alegre não é como Jacutinga que tem pouco mais de 25 mil habitantes. Acredito que Pouso Alegre tenha mais de 150 mil, ou seja, já não é mais cidadezinha pequena onde todo mundo se conhece. Mas, não é que descubro que ela é amiga da minha melhor amiga de lá? E que estudou na mesma escola que eu, e que se bobear, até já nos esbarramos antes?

A gente se encontra e a cada conversa, mais coincidências encontramos. Agora, vai dizer que esse mundo não é pequeno?

Lembrei que uma vez escutei algo sobre ‘graus de separação’. Acho que você já deve ter se deparado com o assunto... Enfim, alguém criou uma teoria, querendo enfatizar justamente o que acontece quando nos deparamos com esse tipo de situação… quando no fim das contas, você e a pessoa que está conversando, acabam se dando conta que tem conhecidos em comum.

Fiz uma procura rápida na internet sobre o assunto, e o Uol diz que a idéia é que existem apenas seis graus de separação, ou seis laços de amizade - ou seja, apenas um punhado de pessoas entre você e qualquer outro indivíduo no mundo. É a (agora fiquei sabendo que famosa) Teoria dos 6 graus de separação.

E isso fica mais aparente agora com a internet. Segundo o Uol, “uma experiência na qual internautas foram convidados a encontrar um de 18 desconhecidos usando suas conexões online demonstrou que em média apenas cinco a sete etapas foram necessárias, com a ajuda de amigos e conhecidos”.

Acho a teoria muito interessante, e em certo ponto, realista. Hoje há projetos como Vizster que tentam provar a tese.

Demais, né? Como lí por aí, isso quer dizer que…Você e o papa, Bush e Bin Laden, Brad Pitt e sua Irma, pois é, de uma forma ou outra, podem estar ligados.

Mas e você, tem uma história dessas pra contar? Ou será que isso só acontece comigo? rs

Uma matéria interessante sobre o assunto você pode ler aqui

PS.: Meninas, logo tento escrever sobre crianças bilingues, ok?