terça-feira, maio 28, 2013

De volta...

Hoje me deu vontade de escrever. Começou por causa da Monica, que mencionou o post de um blogueiro relacionado com o vai e vêm da vida, e me fez parar pra pensar. Pensar no passado, no hoje e no futuro (só pra variar).  Também lembrei que entrei no blog uns dias atras e estava lendo posts de anos passados...revivendo as alegrias, os sufocos... 

A verdade é que às vezes nem sei por onde começar. E aí só de pensar por onde começar, já fico com preguiça e paro de pensar. É o ó do borogodó; bem patético mesmo. Então vou mudar o rumo dessa prosa e pensar daqui pra frente. 

Enfim...

2013. 
36 anos.

Por onde ando?!
Pois bem, acredite ou não, mas não mudo à dois anos! Continuo no Texas, região de Dallas-Fort Worth. Continuo trabalhando de casa, o que foi uma das maiores e mais significante mudanças na minha vida ultimamente. Não tenho mais raiva no trânsito, passo mais tempo com a família, tenho tempo pra academia e bem mais energia. Durmo mais, me estresso menos.

As filhotas têm 6 (quase 7) e 3 anos. Sapecas levadas da breca. É engracado como a interação e percepção que temos com cada criança muda...com a primeira tudo é novidade, tudo é um aprendizado. Com a segunda, você já está treinada, alerta às mudancas e um tanto menos desesperada. Eu ando me vigiando para prestar mais atenção às mudanças na Rachel, porque senão tudo vai passando meio batido. O vocabulário anda aumentando, a personalidade é completamente diferente da Becca. Ainda não me conformo que as duas sao minhas filhas, e que têm o mesmo pai. Como podem ser tão diferentes?!

A última vez que escrevi mencionei que estava excitada com a vinda de 2013. E tudo têm corrido como esperado. Mas porquê 2013 pode ser diferente?!

Bom, este é um dos primeiros anos que, depois de muito aperreio, estou vivendo sem estar em algum 'modo de sobrevivência'.  Foram tantos anos nesse clima que às vezes penso que não sei como ser, ou viver, diferentemente. As coisas andam tão boas e fluindo tão bem que não consigo acreditar e fico tentando tentar achar o que está errado. Será que estou deixando passar alguma coisa? Será que não estou prestando atenção?

Como é que a gente para de tentar achar pêlo em ovo?!

Foi preciso um médico me dizer, mas finalmente eu tive que admitir  que tenho ansiedade, às vezes um pouquinho de depressão, consequência exatamente por conta dessa sensacão que  algo ruim está pra acontecer.  Pra mim  essas "maluquices mentais" sempre foram coisa de louco, de gente procurando atenção; por isso me recusava a ver o que realmente sinto.  MAS... as coisas não precisam, e nao têm que ser assim. Estou aprendendo a tentar me livrar desses pensamentos, sabe - desencanar um pouco e simplesmente viver! Fazer as coisas que gosto, entre elas viajar. Cuidar do meu casamento, interessar-me pelas meninas, me ocupar com a família. Melhorar espiritualmente e lembrar que perseverar também é viver.  E um dos melhores sentimentos é viver com a consciência limpa. Acho que todo mundo deveria tentar...!

Quando outras bobeirinhas vêm a cabeça...tipo porque eu não tenho isso ou aquilo, porque eu não pareço com a fulana de tal, porque eu nao tenho tal oportunidade, porque porque porquê...eu sempre faço questão de contar as coisas boas que tenho e lembro dos menos afortunados, que são tantos mundo afora.

Também faço questão de lembrar a apreciar as coisas que muitas vezes não damos valor no dia-a-dia: a família com saúde, empregos que nos dão a chance de sentir o nosso valor na sociedade e eliminar os nossos débitos. Saber que minha mãe e irmãos também estão bem e realizando os próprios sonhos deles. Um teto sobre as nossas cabeças e a possibilidade de, de novo, termos a nossa própria casa. Mais um dos planos que quero realizar este ano. 

Enfim, quanta coisa boa, né?!

Um dos 'highlights' desse ano foi a vinda da minha prima, Bia. Foi mais ou menos como um 'flashback' vê-la enfrentando todos os "primeiros" que alguém passa quando muda para o exterior. A carteira de motorista, entrada na universidade, as novas amizades, fazer coisas ordinárias mas que têm uma sensação toda diferente....como a simples tarefa de ir ao supermercado. Tive visita dos meus tios. Viajei e vou viajar mais. E as coisas não param por aí; minha mãe chega semana que vêm, junto com amigos de longa data. A saudade já nem cabe no peito, né?! Fala sério. 

Enfim...voltei. 

Voltei mais feliz, com o coração menos pesado, e mais confiante sobre o futuro. É assim que deveria ser para todos nós, não é mesmo?!