sábado, julho 07, 2007

Ah, O Amor... (parte I)

Andei pensando sobre isso, como nossa vida é interessante …e como muitas vezes nós complicamos tudo...

O amor. Que atire a primeira pedra quem não vive por conta dele. Seja amor pela família, pelo trabalho, pelo esporte, pelos amigos, e convenhamos… pelo amor da nossa vida. É, aquele um, que sonhamos nos trazer felicidade total e sem tamanho.

Já sonhei, já realizei, já sofri demais, já bati a cabeça i-n-ú-m-e-r-a-s vezes. Não que isso tenha sido meu sonho de consumo, mas consequência dos meus próprios desejos - muitas vezes sem razão - e de um coração complicadíssimo. E bota complicado nisso!

Começaram com os sonhos. Se eu for comparar com a maioria, tudo aconteceu meio tarde pra mim. Massss… como não sou a maioria, acredito que algumas coisas poderiam ser até mais tarde. Mas foram assim…

O primeiro beijo foi aos 16 anos (verdade!). E acredite se quiser, com a pessoa que muito no futuro seria o meu primeiro marido. Mas antes disso me frustei. Errei - admito. Pois é, e errei de novo, e de novo, e de novo. Ou quem sabe podería dizer que era imatura, ou digamos, um tanto inconsistente.

Pra encurtar um pouco esse começo, o primeiro beijo um dia virou casamento. Eu sempre fui muito pela emoção, e sinceramente, casei por paixão e por amor. Esperava que durasse a vida inteira - embora eu fosse a única que estivesse tendo essa visão. Mas sinceramente, eu acreditava nos meus sentimentos.

Foi aí que descobrí que uma relação é baseada no sentimento de duas pessoas. Assim, ponto. Sofri. Me reergui. Doeu mais um pouco. Sofri mais um tanto. Me reabilitei. Me engrandeci demais. Entrei numa auto-destruição amorosa.

Depois da primeira experiência, cheguei a dizer que a minha filosofia era a do Fabio Jr: Pra quê me importar? Vou casar quantas vezes for necessário. Não deu certo, caso de novo.

De onde foi que tirei essa idéia mais tola? É que o coração parecía endurecido, mas no fundo no fundo, não estava. Só quería amor de verdade. Compreensão. Carinho. Não queria mais futilitidade, ou ligações não respondidas, muito menos noites mal dormidas.

Olhando pra trás, me deparei com o que acontece com muita mulherada por aí. Parece “aquela fase”, quando conseguimos tudo, menos encontrar encontrar alguém que realmente nos ame. É, a tampa da panela, a outra metade da laranja. Parece aquela época que “ninguém que eu amo realmente me quer. E quem me quer… deixa pra lá, não deve valer a pena.”

Qual é?!!! Isso é muita falta de auto-estima! Ou de direção. Ou de lucidez.

É incrível, mas parece que todas as mulheres gostam do cara que não quer nada com a elas. Parece que escolhem à dedo, os mais sacanas, os mais safados. E aí sofrem, se descabelam, e gritam aos 4 cantos do mundo como a vida é injusta.

Um dia a euforía passa, e depois de mil anos nos esbarramos com o mesmo cara, e pensamos: “Ainda bem me livrei dessa”. Hoje, estando bem com a vida (pelo menos na parte amorosa) me deparo com esses que um dia fui extremamente apaixonada. Sabe o que aconteceu? Uns 7 ou 8 entre 10 ainda estão sozinhos, ou acabados na vida, totalmente deploráveis. Ou, com 2 ou 3 filhos, um com cada mulher. E outra…não são mais bonitos como antes. Sabe, aqueles, os mais garanhões, os mais lindos, os que pareciam mais bem-sucedidos.

Será que o problema estava em mim, or somewhere else? Nem preciso responder.

Outra coisa que aprendi (nesses muitos 30 anos de vida, rs). A gente escolhe demais.

Quando pensamos naquele ser, sonhamos com um príncipe (ou princesa) encantando, que nos trará felcidade total. Se a pessoa não é e-x-a-t-a-m-e-n-t-e o que esperamos, muitas vezes nem damos bola, porque…sabe, com esse aí, não dá!

Eu tinha meu sonho. O que sería ideal pra mim. Ele tinha que ser alto, olhos claros, bom fisico, determinado, bem sucedido (ou quase lá), e que me amasse incondicionamente. Trocando em miúdos, que me amasse mesmo se eu estivesse magra, ou gorda, ou de TPM.

Putz… descobri que ele casou com a Jennifer Aniston. E olha só… nem era tão perfeito assim, porque à traiu e trocou aquele mundo de mulher pela Angelina Jolie (convenhamos, decisão super difícil).

Ai. Mas sério… Essa pessoa, é MUITO difícil de achar. Mas, o melhor é que percebí que não precisa ser perfeito assim. Algumas coisas não são necessaries pra felicidade. NÃO MESMO!

Ainda nesse meio tempo, me apaixonei pra valer…por aquele namorado da Turquia. Ele viu mil e um impecílhos na nossa relação. A idade (eu era mais velha), a distância, a cultura, etc, etc. Eu não vía barreiras, mas mais uma vez, lembrei que uma relação é baseada em duas pessoas. Quando soltei a corda do relacionamento, ele acabou… porque eu à estava puxando sozinha.

Hoje, adivinha… ele está puxando até o ultimo fio de cabelo por não ter se comprometido mais, investido mais na relação. Sério mesmo…até hoje não arrumou outra namorada, e todos os amigos dizem o quanto ele é burro. E…. tenho mais pelo menos 3 mais histórias destas (reais) pra contar. Mas foi só uma pra mencionar.

Mas e aí?!!! E se a história for com você?! E se for você que está sendo muito exigente, muito ‘picky’? Já parou pra pensar? Imagino que você tenha os seus ‘standards’, que vai do físico ao intelectual. Mas e aí… quando procurar alguém, vai ter que ser assim…tin-tin por tin-tin?

As vezes não, eu sei… sempre pensamos “qual é, será que estou pedindo demais?” Pelo amor de Deus, não quero dizer que vc tenha que diminuir os seus critérios, apenas ser mais racional - um pouquinho antes de cair por amor por inteiro. Uma coisa é boa (e vai por mim) mas dê uma chance, e escute os mais velhos.

Escutar os mais velhos? Pois acredite, essa minha história de amor com o Brandon quase não aconteceu. Mas isso fica pro próximo post...

Bjs,

12 comentários:

Tatiana Arcanjo disse...

Filosofando sobre o amor...ai que medo.....também tô nessa fase;.....bjs

Thelma disse...

Às vezes me pergunto se estou sendo muito picky mas tenho certeza que o cara certo ainda não apareceu... Mas eu já estou fazendo promessa pra Santo Antonio pra ele aparecer logo! ;-)
Beijoca pra vocês!

Carol Vidal disse...

EI!!!! Me deixou curiosa! Volta logo pra terminar a história, please!
Eu te entendo. Meu primeiro beijo foi aos 16 tb, na verdade 1 mês antes de completar 16. Hoje estou com 27 e ainda solteira. Cedo? Tarde? Talvez... talvez só no tempo certo. Ainda espero encontrar a tampa da minha panela, mas meu problema é que não saio, daí nem dou chance de algo acontecer, né? hehehe
Volta logo, fiquei curiosa.
Beijinhos e muita saúde pra vocês.

Euzinha disse...

Adorei o post, falou e disse, mas fiquei curiosa rsrs
Bjo

Mônica disse...

Oi Cyn...eu tambem beijei tarde mas nunca fui muito namoradeira e namorado serio e duradouro foi um soh...o problema e que preciso me apaixonar, aquela pessoa especial soh precisa me conquistar. Nessa beleza nao conta em nada...ja fui apaixonada por caras super legais mas nada " bonitos". Porem nao deu certo com nenhum deles...esses ultimos tempos resolvi dar chance para quem olha para mim mas se a quimica nao rola fica dificil...brincar com o sentimento dos outros nunca foi meu forte...a coisa e tentar ser feliz da forma que ta e acreditar que um dia ainda acho o sapato torto para meu pe aleijado.

beijos

Claudia disse...

hmmm.. que papo gostoso.. e sério... a gente é assim mesmo né? Eu descobri também e ainda bem, que é preciso valorizar a mim, mas não ter pretensão de achar o cara perfeito, afinal, todos temos defeitos.. mas acho que cheguei bem perto do meu ideal.. ;) E estou doida pra saber o resto da historia!

Anônimo disse...

AIEEEEEEEE! Que droga de chapeu que serviu!!!HEHEHEH!
Sorry, estava gambling ontem.
Ate eu estou curiosa.Pensei que sabia toda a historia???
Beijo amiga

Laurinha disse...

Cyn, primeiro beijo aos 16 anos eh tarde? Eu ganho de voce, meu primeiro beijo foi aos 17. haha!
Olha, tive muitos desses namorados "atraso de vida". Meu problema eh que sou sincera demais, aberta demais, me entrego de corpo e alma a relacao. Sofri muito antes de encontrar a minha cara metade. Mas a vida eh isso mesmo, ja que a gente nao tem periodo de treinamento antes de viver cada dia, nao eh mesmo?
O mais interessante eh que cada um dos meus ex, todos, Cyn, todos que me fizeram sofrer, me procuraram depois com o rabinho entre as pernas querendo voltar. E eu tive a sastifacao de dizer nao a cada unzinho deles.. ah, se eu soubesse naqueles tempos as coisas que eu sei hoje. Mas a gente so adquire experiencia justamente vivendo esses momentos. Esta eh a parte boa de tudo.

Cheers! Fla disse...

Oi Cyn,

Adorei seu post... agora vai todo mundo ficar esperando o resto he, he...

Bjs!

Daniele disse...

Tambem amei o post. Adoro o jeito que vc escreve. To super curiosa pra saber o resto da estoria.

Beijinhos

Cristiane disse...

Cyn,
Faço minhas as suas palavras... Concordo plenamente, até porque só fui dar uma chance pro meu agora marido quando me desliguei do complexo de Cinderela. Fui quebrando a cara, mas daí resolvi dar uma chance pro desconhecido, o diferente... e assim resolvi olhar o mundo com outros olhos e conheci o John. Adorei o post!
Beijos
Cris

Leilane disse...

Cynthia,estou amando ler sua história.Parece até uma novela.
E vc tem me deixado louka pra saber o proximo capitulo.
Beijos linda
Leila